Bolsonaro tenta a todo custo passar a Reforma da Previdência. Ele defendeu que o projeto seja apresentado ao Congresso em ‘fatias’, facilitando a aprovação. Trata-se de mais um manobra de um governo de amadores e com pouquíssimo capital político.
A primeira mudança à vista é a idade mínima, que aumentaria dois anos para homens e mulheres já nos próximos anos, segundo informações do Estadão. “Na proposta que está aí, (a idade mínima de) 65 é para 2030, se não me engano. Nós vamos fazer aquilo que cabe nos nossos quatro anos de mandato. A ideia é pegar parte da proposta que está aí e botar nos quatro anos nossos”, disse ao jornal.
O tema foi discutido em reunião com as bancadas do PRB (o partido de Edir Macedo) e o MDB.
Hoje elas se aposentam no regime de idade mínima aos 60 anos de idade – para os homens, o corte é aos 65 e contribuição mínima de 15 anos para ambos. No regime geral, a aposentadoria é calculada somente pelo tempo de contribuição: 35 anos para os homens e 30 anos para as mulheres.
Essa ideia desagrada até mesmo os jornalões que fizeram vista grossa para os arroubos totalitários do presidente eleito. Aprovar a Reforma da Previdência era uma das condições atávicas da elite financista que apoiou Bolsonaro.
A dificuldade não é apenas na questão política, mas também vai contra as convicções dos maiores interessados nessa história: o povo. Uma pesquisa do Ibope mostra que só 14% dos brasileiros são a favor da reforma.
Para Bolsonaro, ser patrão no Brasil é um ‘horror’
Discreto no trabalho para destruir a Previdência, Bolsonaro não esconde as intenções de para aprofundar a precarização dos trabalhadores. “Ninguém mais quer ser patrão no Brasil, é horrível ser patrão no Brasil com esta legislação que está aí.”
Da Redação Agência PT de Notícias, com informações do Estadão