Jair Bolsonaro já dá indícios de como será feito seu governo. Apesar de se identificar como “a favor dos cidadãos de bem” e se posicionar em prol de punições severas para criminosos, quer dois condenados como integrantes de seu gabinete. Os deputados não reeleitos do DEM, Alberto Fraga, acusado de pedir propina a cooperativas de transporte e Pauderney Avelino, indiciado por ter superfaturado contratos de imóveis alugados pela prefeitura de Manaus, segundo noticiou a Veja.
Fraga foi condenado por pedir R$350 mil em propina, quando era Secretário de Transportes do Governo José Roberto Arruda, em 2008. Pauderney foi sentenciado a devolver 4,6 milhões de reais aos cofres do estado quando era secretário municipal de educação.
Durante uma reunião com representantes da bancada da bala em sua casa, no Rio de Janeiro na terça-feira (23), Bolsonaro mostrou querer maior aproximação com o DEM. A proximidade com a legenda, por ter elegido 29 deputados, é vantajosa para o parlamentar.
Alberto Fraga é líder da bancada da bala, frente parlamentar que defende o armamento civil. Em vídeo, Bolsonaro já anunciou o deputado como parte importante de seu governo. “Já anuncio aqui que quem vai coordenar a bancada no Planalto vai ser o Fraga”.
O deputado disse que apesar de não ter nenhum pedido oficial, Bolsonaro se identifica pessoalmente com membros da legenda e que o DEM compartilha de ideias políticas semelhantes as de Jair.
Durante campanha, Fraga tentou justificar sua condenação dizendo só ter sido sentenciado porque o juiz do caso era um ativista LGBT. “Fui condenado, sim, por um juiz ativista do LGBT. Dizem para eu não falar isso, mas eu tenho que falar, porque deve ser por isso que houve essa pressa de condenar”.
O parlamentar também sofreu um processo no conselho de Ética da Câmara dos Deputados por ter propagado informações falsas sobre Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro. Ele escreveu em seu twitter que Marielle possuía relações com traficantes, mas depois apagou a postagem.
Pauderney Avelino já afirmou estar disposto a participar do governo, em pronunciamento antes de Bolsonaro ter sido eleito no segundo turno das eleições. Jair já havia designado seu braço direito, Onyx Lorenzoni, como ministro da Casal Civil, o parlamentar também é deputado pelo DEM e admitiu ter recebido R$100 mil de caixa 2 em 2017.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Veja