Uma pesquisa publicada pelo Datafolha no dia 5 de janeiro deste ano mostra que a maioria dos brasileiros é contra a venda de estatais, mas o governo de Jair Bolsonaro — que segue a lógica entreguista de Michel Temer — ignora os interesses do povo.
O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), anunciado por Temer em setembro de 2016, já entregou a empresas privadas 124 estatais, agora Bolsonaro quer privatizar 24 projetos em 100 dias de governo.
Só entre 15 de março e 5 de abril, o plano é que sejam leiloados 10 terminais portuários, a ferrovia Norte-Sul, a rede de comunicações integradas do Comando da Aeronáutica e 12 aeroportos – Recife (PE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), Vitória (ES), Macaé (RJ) e mais cinco no Mato Grosso.
Um dos leilões mais polêmicos é do trecho Norte-Sul, previsto para o final de março. É a primeira concessão de ferrovia à iniciativa privada em 12 anos no Brasil. O edital foi aprovado pelo TCU, apesar das críticas do procurador do Ministério Público que atua junto ao tribunal Júlio Marcelo de Oliveira.
O atual governo pretende entregar 30% dos ativos das empresas ainda este ano, um montante que equivale a R$ 240 milhões em riquezas estratégicas para o Brasil.
Em alguns setores, este cenário entreguista fica mais nítido e estatais de fundamental importância para a economia brasileira, como a Petrobras ou bancos públicos, podem ser vendidas ao capital estrangeiro, comprometendo assim a soberania nacional e os interesses do povo.
As privatizações são mais uma etapa na espiral do caos do governo Bolsonaro. Ele entrega as estatais ao capital estrangeiro, sucateia os direitos trabalhistas e cria um cenário que sujeita o trabalhador a condições ainda mais precárias para se manter no emprego. A proposta entreguista é uma tática que privilegia as grandes empresas e desmonta a soberania nacional.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da BBC Brasil