Jair Bolsonaro (PSL) enganou o povo brasileiro com o discurso de que não aceitaria as práticas da política convencional e repetidas vezes disse que não aceitaria o tal do “toma lá, dá cá” – a liberação de emendas parlamentares em troca de votos no Congresso. A promessa, inclusive, foi um dos pontos de seu breve discurso de posse.
Bolsonaro, no entanto, te enganou. Para colocar em prática a Reforma da Previdência que vai acabar com a sua aposentadoria, Jair abraçou o fisiologismo político e vai recorrer à práticas que disse que nunca faria. Ele trata o futuro do Brasil em uma negociação com Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.
Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, publicada no dia 1º de março, Bolsonaro, sem votos para a reforma da Previdência no Congresso, quer abrir os cofres para os deputados e senadores que votarem para acabar com a aposentadoria do povo brasileiro.
A ideia do governo é agradar aos calouros do Congresso. Dos 513 deputados, 243 estão em seu primeiro mandato. Dos 81 senadores, 46 estão na mesma situação. Bolsonaro quer dar repasses individuais em emendas parlamentares de R$ 5 milhões num valor que chegaria a casa de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, um valor substancial para os cofres públicos.
As emendas parlamentares são uma espécie de atalho ao orçamento para deputados e senadores e elas costumam ser usadas nos municípios de origem dos congressistas.
O presidente da contradição
O governo que se elegeu falando em cortes públicos, gasta mais com o cartão corporativo. Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil que admitiu ter recebido caixa 2, prometeu abrir mão do cartão corporativo e fez diversos discursos contra a utilização da ferramenta. Na prática, o governo aumentou os gastos em 16% e já passou de R$ 1 milhão.
O governo que disse que se preocuparia com você está consolidando o fim dos seus direitos trabalhistas e quer acabar com o seu direito de se aposentar. O candidato que se elegeu com a promessa de acabar com o “toma lá, dá cá”, quer gastar mais de R$ 1 bilhão com agrados à parlamentares.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Estado de S. Paulo