Não é preciso ter superpoderes para detectar o alto risco que o povo brasileiro corre com as mudanças propostas por Jair Bolsonaro (PSL). Suas medidas antipovo são um barril de pólvora prestes a explodir o futuro do país. O sucateamento das leis trabalhistas, a desvalorização do salário mínimo e a reforma da Previdência são três elementos que afetarão diretamente a sua vida e não será de uma forma agradável.
Não acredita? Então vamos aos cenários que Bolsonaro está criando para o futuro do povo brasileiro, para o seu futuro.
O seu trabalho
Antes mesmo de assumir, Bolsonaro já admitia absurdos elitistas como: “Ser patrão no Brasil é um tormento” e admitia que as leis trabalhistas precisavam se aproximar da “informalidade”.
A primeira Medida Provisória de Bolsonaro foi extinguir o Ministério do Trabalho e botar o trabalhador brasileiro nas mãos do empresariado.
A decisão foi tomada para violar de vez os seus direitos trabalhistas, a intenção era sucatear de vez o seu emprego e levar à informalidade prometida desde o ano anterior.
O fechamento da Ford no ABC — e a resistência dos metalúrgicos — é um bom exemplo de que Bolsonaro errou amargamente em seu sucateamento das leis trabalhistas, iniciada por seu aliado Michel Temer. A desvalorização do trabalhador não é garantia de emprego e sua postura contra o trabalho registrado vai levar o brasileiro à margem.
Bolsonaro, em sua ânsia de bajular os endinheirados, não poupou esforços. Neste cenário que ele está criando, os trabalhadores informais serão os mais prejudicados e mostraremos isso no próximo item.
A sua aposentadoria
Bolsonaro, além de sucatear o seu emprego, quer acabar com o seu direito à aposentadoria, o seu direito à dignidade depois de anos de esforço e trabalho.
Sua proposta para a reforma Trabalhista vai acabar com o futuro do brasileiro e cria uma sensação falsa de que isso vai ajudar a resolver as questões financeiras do país.
Vamos agora a alguns pontos que acontecerão ao brasileiro caso esta reforma seja aprovada. Idosos muito pobres terão que esperar até os 70 anos para se aposentar, o trabalhador rural terá mais burocracias e dificuldades, professores serão prejudicados, trabalhadores informais dificilmente vão conseguir se aposentar. O sistema de capitalização – verdadeira privatização da aposentadoria – será um benefício aos bancos, e claro, os militares não entram na conta da Previdência do governo.
Para se ter um ideia do quanto é importante discutir a aposentadoria dos militares, R$ 34,1 bilhões no déficit da previdência no país são gastos com oficiais reformados e pensões. Segundo o relatório “Aspectos Fiscais da Seguridade Social no Brasil”, publicado no dia 9 de julho de 2018 pelo Tesouro Nacional (a última pesquisa sobre o tema), “o gasto com pensões e reformas dos Militares apresenta descompasso muito grande entre as receitas.”
Segundo notícia do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 10 de janeiro deste ano, o rombo para pagar aposentadoria de militares cresce mais que o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Enquanto os gastos com os servidores civis da União registrou um aumento de pouco mais de 5%, o déficit com militares na Previdência subiu 12,85%.
O seu dinheiro
Outra medida prioritária de Bolsonaro foi reduzir o seu dinheiro. No primeiro dia de seu mandato, assinou um decreto que reduziu o aumento previsto para o salário mínimo de R$ 1.006 para R$ 998.
Esses R$ 6 podem não parecer muita coisa à primeira vista, mas para o trabalhador é algo substancial e faz diferença.
A decisão de Bolsonaro, que já entra imediatamente em vigor, reforça a política de desvalorização do salário mínimo iniciada a partir do golpe de 2016 e que teve seu menor reajuste em mais de duas décadas ano passado.
Além disso, praticamente acaba com a fórmula criada pelo governo Lula em 2003 e transformada em lei por Dilma Rousseff e que fez renascer a iniciativa colocada em prática em 1940 por Getúlio Vargas.
O cenário do caos
Agora vamos a uma breve fórmula. O seu emprego está sendo sucateado e seus direitos trabalhistas desrespeitados o que te leva à informalidade.
Com esta informalidade, você provavelmente não conseguirá se aposentar. Se você ainda tiver a sorte de manter um emprego com carteira assinada ainda assim terá dificuldades para se aposentar.
E o salário mínimo (num país em que os direitos trabalhistas estão sumindo e a aposentadoria será só uma lembrança) está sendo desvalorizado.
Junte as evidências, ligue os pontos, faça a soma e veja a catástrofe que Bolsonaro pode jogar o País.
Da Redação da Agência PT de Notícias