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Brasil é bicampeão mundial de surf no Havaí

“Mineirinho” do Guarujá (SP) vence compatriota Medina na bateria final e confirma liderança no ranking obtida na seminal, ao bater Maison Ho  

Foto: Kirstin Scholtz/WSL

A “tempestade brasileira”, como é chamado o grupo de surfistas brasileiros (“brazucas”) que encanta os amantes do esporte aquático por onde passam as provas do calendário, fez mais um campeão.

O Brasil é top na modalidade. Pelo segundo ano consecutivo. Um brasileiro fica com o troféu da Liga Mundial de Surfe (Word Surf League/WSL), de 2015. Com as vitórias e conquistas deste ano, a “tempestade” encorpou: serão 10 brasileiros na elite do esporte em 2016.

Depois do paulista Gabriel Medina, em 2014, agora é a vez do “Mineirinho”, Adriano de Souza (na verdade, também paulista, do Guarujá), receber a sua primeira faixa da categoria principal do maior campeonato internacional de surfe.

Aos 28 anos, Mineirinho conseguiu o feito ao vencer, na prova semifinal, o concorrente Maison Ho, do Havaí (estado norte-americano no Oceano Pacífico), e manter-se à frente da pontuação na etapa final realizada na quinta-feira (17), em Pipeline (Havaí).

É o terceiro título internacional de Mineirinho. Em 2004 ele venceu o mundial júnior; e, em 2011, a divisão de acesso da WSL.

Apesar de não ter conseguido confirmar o título do ano anterior, e perder a bateria final em Pipeline para Mineirinho, a atuação de Medina foi considerada essencial à consagração do compatriota, por ter superado o australiano Mick Fanning, até então líder do ranking, na semifinal.

“Queria agradecer a Deus por esse momento e dizer que sou muito por Ele e pelo Ricardo lá em cima. Eu dedico esse troféu ao Ricardo. Eu fiz uma homenagem a ele aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele junto comigo”, disse Mineirinho, ao exibir tatuagem em homenagem ao conterrâneo Ricardo dos Santos, morto no início deste ano (2015).

O surfista foi assassinado a tiros em frente à sua casa, na Guarda do Embaú, em Florianópolis.

Brazilian storm – O termo “tempestade brasileira” surgiu no circuito internacional no ano passado (2014) devido ao sucesso de um grupo de surfistas brasileiros na elite do esporte, entre eles Rafael Medina, Mineirinho (Adriano de Souza), Filipe Toledo, Caio Ibeli (campeão da divisão de acesso 2015) e Ítalo Ferreira, eleito o “novato do ano”.

Com a vitória de Adriano em Pipeline, seis das 11 etapas do mundial deste ano foram vencidas pelo grupo da “tempestade”: Toledo, três vezes; Mineirinho, duas; e, Medina, uma. O sucesso di grupo assegura a participação de dez surfistas brasileiros na elite da WSL em 2016.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do portal IG