O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou que as investigações da Lava-Jato não preocupam o governo, que segue no trabalho pelo País mesmo após novas operações.
“Todos nós confiamos muito na conduta da presidenta Dilma e em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa de que se aproxime dela nenhuma investigação, nem de seu governo”, declarou, em coletiva de imprensa após a reunião de coordenação política, com a presidenta e outros dez ministros, nesta segunda-feira (3).
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que a preocupação do governo Dilma é manter um clima de estabilidade política. “Precisamos ter dois canais paralelos: as investigações seguem e o País também segue funcionando e com a economia funcionando. O ambiente é que a gente tem que tentar melhorar para poder estimular investidores e estimular a economia a crescer”, apontou.
Wagner foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de uma reforma ministerial, com redução de pastas. Ele explicou que o assunto não foi debatido no encontro desta segunda-feira. “Sobre a redução de ministérios, eu diria que essa é uma preocupação sempre constante de qualquer governo e deste governo”, afirmou.
O ministro mostrou-se a favor do que chamou de “racionalização da máquina” e declarou que o governo estuda cenários. “Eu pessoalmente acho que é sempre positivo fazer racionalização da máquina. Mas hoje não teve discussão objetiva sobre pasta A, B ou C”, detalhou.
Sobre o retorno das atividades legislativas, Jaques Wagner afirmou que espera do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma posição de institucionalidade. “O papel do presidente da Casa, independentemente de não ser vedado a ele ter suas preferências, é de manter o equilíbrio da Casa”, defendeu.
Segundo Wagner, a relação com o Congresso e as votações de projetos de interesse do governo neste semestre legislativo foram os principais temas da reunião desta segunda. A presidenta Dilma Rousseff vai receber lideranças e presidentes de partidos da base aliada em um jantar no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, para debater as pautas do Congresso.
O ministro falou ainda sobre a análise das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “As defesas já foram bem apresentadas. Vamos esperar o julgamento. Entendemos que a defesa é bastante consistente e que não há nada que justifique uma reprovação”, analisou.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil