A conversa serviu também para reforçar a necessidade da definição de uma data para que os blocos façam a apresentação de suas ofertas comercias. Isto é, quando os dois lados montam uma lista de quais produtos poderão ter as tarifas zeradas em caso de acordo.
O presidente uruguaio defendeu que a isso ocorra antes da cúpula entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), marcada para os dias 10 e 11 de junho, em Bruxelas.
Parcerias – Com o interesse de aumentar a parceria comercial e de investimentos, os chefes de Estados também trataram de interesses bilaterais como comércio, energia e infraestrutura, além de planos multilaterais relacionados ao Mercosul, Unasul e Celac. Em 2014, o fluxo comercial entre Brasil e Uruguai foi US$ 4,8 bilhões.
Durante o encontro, fizeram um balanço do Grupo Brasil-Uruguai, criado em julho de 2012, o grupo tem o objetivo de impulsionar os projetos bilaterais. Dilma e Vázquez também reforçaram as negociações em curso para ampliar o fluxo comercial, além de discutir projetos conjuntos, principalmente nas áreas de infraestrutura e energia.
De acordo com a presidenta, no campo da integração energética, foi concluída em abril a linha de transmissão de 411 quilômetros San Carlos–Candiota, financiada, além dos recursos do Uruguai, pelo Fundo de Convergência Estrutural, o Focem, do Mercosul.
“Essa linha está viabilizando a integração física do sistema elétrico brasileiro e uruguaio. Ela vai permitir o aproveitamento das complementaridades energéticas entre o Uruguai e o Brasil”, disse a presidenta.
Na área de infraestrutura, Dilma afirmou que serão lançados, até setembro, os editais para obras em duas pontes sobre o Rio Jaguarão, que separa os dois países: a Ponte Internacional Barão de Mauá será restaurada e uma nova ligação entre os dois países será construída.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias