Partido dos Trabalhadores

Brasil precisa vencer o pessimismo e acreditar na própria força, defende Edinho

Ministro afirmou que as manifestações fazem parte do regime democrático e que a prioridade do governo é continuar trabalhando para criar condições para a retomada do crescimento

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, declarou, nesta segunda-feira (17), que o governo lida com as manifestações que ocorreram no domingo (16) como fatos naturais de um regime democrático. A prioridade, de acordo com Edinho, é continuar o trabalho na construção de uma agenda com os diversos setores da sociedade.

“Nesse momento o governo se preocupa muito mais com a construção de uma agenda para o País, de diálogo com o Congresso Nacional, com o empresariado, com a população”, detalhou, em entrevista coletiva após a reunião de coordenação política do governo, que ocorre em todas as segundas-feiras.

O ministro declarou “otimismo” em relação à recuperação econômica. “Precisamos acreditar na força do nosso País. Se acreditarmos em breve estaremos saindo das dificuldades e o Brasil vai voltar a crescer”.

De acordo com Edinho, as medidas adotadas pelo governo criam condições para que o Brasil retome “em curto espaço de tempo” o crescimento econômico. “Em breve estaremos colhendo os frutos das medidas que foram tomadas”, analisou.

O ministro afirmou que a presidenta vai continuar o diálogo com os movimentos sociais e as viagens pelo Brasil. “O mais importante para o governo neste momento é que possamos primeiro quebrar o clima de pessimismo que existe no País. Medidas estão sendo tomadas para que esse período seja breve”, lembrou.

Edinho declarou que a presidenta Dilma Rousseff é uma “mulher vinculada ao sentimento democrático, que doou sua vida, sua juventude na luta pela democracia, que reconhece as mobilizações como parte do regime democrático”.

Questionado sobre a avaliação do governo em relação à participação da oposição nos protestos, o ministro declarou que a análise tem que ser feita pela própria oposição. “O governo entende que é preciso ter oposição e que ela pode acontecer na base do quanto pior, melhor, ou enxergando as contradições, mas colocando os interesses do País acima das questões partidárias”, comentou.

“Cada integrante, evidentemente, escolhe o melhor caminho. Não tem problema nenhum o governo ter uma oposição articulada, só esperamos que, quando for interesse do País, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, que seja colocado acima o que é interesse nacional”, ponderou.

Os líderes do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE) e na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também participaram da reunião, que contou ainda com o vice, Michel Temer, e com outros ministros.

Pimentel afirmou que o grupo de coordenação política decidiu priorizar o conjunto de propostas de senadores para fortalecer a economia brasileira, conhecido como “Agenda Brasil”.

Os dois itens principais serão a desoneração da folha de pagamento e o repatriamento de recursos. A desoneração já foi aprovada na Câmara e tranca a pauta do Senado. O repatriamento, por sua vez, é essencial, de acordo com o governo, para cobrir a perda de arrecadação resultante da unificação do ICMS.

Combate à corrupção – Durante a coletiva, Pimentel analisou que o governo da presidenta Dilma Rousseff foi o que mais investiu em combate à corrupção. “Uma série de medidas foram adotadas e em 2013 o Congresso aprovou lei que responsabiliza o corruptor”.

De acordo com o senador, o “pacote para o qual se colhe assinaturas é muito bem-vindo no Congresso”. Mas, na avaliação do parlamentar, as propostas são parecidas com um conjunto de medidas enviadas ao Congresso pela presidenta Dilma.

“Em 2014 o Senado aprovou por unanimidade a matéria que transforma corrupção em crime hediondo e agora aguarda análise da Câmara”, detalhou.

Para Guimarães, na gestão de Dilma o combate à corrupção passou a ser uma política de Estado. “As instituições funcionam, apuram e punem, o governo dá condições para isso. Basta lembrar a CGU o que era no passado e o que é hoje”.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias