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Brasil registra retorno de investimento estrangeiro

2015 inverte tendência de queda registrada pela Bovespa nos anos de 2013 e 2014 e previsão é de que país pode bater recorde de 2009

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Depois de dois anos em queda, o mês de abril emitiu alguns sinais de que os investimentos estrangeiros estão de volta ao Brasil. Nos quatro primeiros meses do ano (janeiro e abril), esses investidores acumulam aplicações de R$ 17,5 bilhões em ações no país, dos quais R$ 7,6 bilhões apenas em abril.

A análise desse desempenho, segundo reportagem publicada pelo “Portal Brasil”, indica que a entrada de recursos pode superar neste ano os R$ 20,3 bilhões registrados ano passado e os R$ 20,9 bilhões de 2009, ano que detém o recorde brasileiro. De acordo com o Banco Central, a entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) no País permanecerá, tanto em 2015 quanto em 2016, estável em US$ 60 bilhões.

O mais visível desses sinais, de acordo com reportagem, consiste no comportamento da Bolsa de Valores de Valores de São Paulo, que registra alta de 16,1% até maio, depois de dois anos seguidos de queda.

Na avaliação do portal, “os investidores estrangeiros estão mais confiantes em relação aos rumos da economia brasileira”. Entre os três setores preferenciais dos investidores em 2015, dois têm regime tarifário de preços regulados pelo governo – petróleo e energia.

A procura por ações desses setores se acentuou em abril e persistem em maio – por coincidência depois que a política de realidade tarifária implementada pela equipe econômica realinhou os preços das tarifas de luz e promoveu uma forte reposição de perdas acumuladas nos combustíveis.

As ações da Petrobras registram alta de 76% entre os dias 30 janeiro e 5 de maio, enquanto as do setor elétrico aumentaram em média 28% desde o dia 11 de fevereiro

O interesse nas ações dos dois setores foi motivado, de acordo com o “Portal Brasil”, por fatores como o anúncio de que o balanço auditado da Petrobrás seria divulgado – o que se confirmou em 15 de abril – e que o fraco regime de chuvas e a crise hídrica não colocavam em risco o setor elétrico nacional.

Mas pode também ser um forte indicativo de que a realidade tarifária atrai interesse dos investidores e confiança na economia nacional. O setor elétrico é marcado por reunir um conjunto de empresas estatais, mas também, grandes empresas estrangeiras de energia, muitas vezes associadas entre si.

O terceiro segmento que mais atrai investimentos neste ano é o de minério de ferro, devido aos preços internacionais favoráveis à Vale, cujas ações tiveram elevação de 37% entre abril e cinco de maio.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias