Um ato em solidariedade aos sete trabalhadores que estão em greve de fome por justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) será realizado nesta segunda-feira (20), às 18h30, em Belo Horizonte. Manifestantes irão se reunir em frente ao Palácio da Justiça (av. Afonso Pena, 1420), para uma vigília e cerimônia religiosa. A orientação é levar velas para demonstrações de apoio e respeito.
Os sete militantes estão sem comer desde a manhã do dia 1º de agosto pela liberdade do ex-presidente Lula. No momento, eles apresentam condições críticas de saúde, imunidade baixa e desidratação. O ato na capital mineira tem o objetivo de cobrar agilidade da Ministra Cármen Lúcia na análise de Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) que reforçam a presunção de inocência. A emergência é para que o estado físico dos grevistas não piore. Além disso, a ação quer chamar a atenção para a greve de fome, pouco divulgada pela mídia comercial.
“A mídia está bloqueando a ação [dos grevistas], a população não sabe o que está acontecendo, assim como existe um bloqueio em torno da Cármen Lúcia. Tentamos fazer contato com ela e não conseguimos. Agora é preciso que haja urgência, que se faça justiça logo”, afirma uma das organizadoras do ato de BH e coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ester Hoffmann.
Pessoas começaram a fazer jejuns cívicos (de um ou dois dias) para fortalecer a greve de fome. Iniciativas do tipo acontecem, por exemplo, nos estados da Bahia e Rondônia. Vigílias como a da capital mineira também estão programadas em todo o país. Em Brasília, na frente do STF, manifestantes se juntam a partir das 18h para um ato inter-religioso.
Por Brasil de Fato