O número de crianças de 5 a 13 anos de idade em situação de trabalho infantil teve queda de 15% entre 2012 e 2013, e atingiu a menor taxa da história do Brasil. Agora, 96,4% das crianças frequentam a escola, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quinta-feira (18).
“Caiu o trabalho infantil! Em 2013, 438 mil crianças e adolescentes saíram do mercado de trabalho”, comemorou a presidenta Dilma Rousseff. “Diminuiu o trabalho entre os jovens de 15 a 29 anos. Isso quer dizer que mais jovens passaram a estudar”, acrescentou.
A pesquisa mostrou que na faixa entre 5 e 17 anos a queda foi e 12,3%, que corresponde a 438 mil crianças e jovens fora dessa situação. O nível da ocupação nessa faixa era de 8,4% em 2012 e caiu para 7,4% em 2013.
A faixa que teve percentual de queda mais relevante foi a de 5 a 9 anos, com 29,2%, ou seja, 24 mil crianças deixaram de trabalhar. Entre a população ocupada de 5 a 13 anos de idade, 63,8% estavam na atividade agrícola.
Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, a melhor notícia é que, além da queda no número de crianças e adolescentes trabalhando, e a maioria desses jovens estão estudando: “No caso dos jovens de 15 a 18 anos, estamos em parceria com o Ministério da Educação para que eles ingressem na educação profissional”, informou.
As regiões Norte e Nordeste concentravam a maior parte dos casos de trabalho infantil, com 24,9% e 21,4%, respectivamente. As regiões Norte (de 9,6% para 8,2%) e Sul (de 10,4% para 9,1%) foram as que registraram maior saída de crianças e adolescentes em situação de trabalho.
Por Aline Baeza, da Agência PT de Notícias