Para estimular a economia e retomar o crescimento, o governo brasileiro poderá oferecer linhas de crédito para construção civil e para pequenas e médias empresas. A ideia é beneficiar quem quer investir, mas não tem recursos. Para isso, o Brasil vai usar a liquidez dos agentes financeiros públicos, como Banco do Brasil, Caixa e FGTS, para garantir a expansão de crédito direcionado com taxas abaixo de mercado, revelou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ao jornal Folha de S.Paulo. “Trabalhar para melhorar o foco e a eficiência dos programas de crédito direcionado”, disse.
A expectativa é definir as propostas até fevereiro. Segundo ele, o crédito será destinado a atividades prioritárias, como infraestrutura, habitação, saneamento, além de pequenas e médias empresas. Essa expansão deve acontecer sem custo adicional para a União, somente com recursos já existentes, sem necessidade de subsídio do Tesouro. “São medidas compatíveis com o equilíbrio fiscal, de um lado, e com a melhora da economia, de outro”, afirmou Barbosa.
O ministro contou que a equipe trabalha na elaboração de diretrizes e estratégias de política econômica que a presidenta Dilma Rousseff havia encomendado para 2016 e para os anos seguintes. Não será um pacote para a economia, mas um programa de governo. Ele também garantiu que o país vai cumprir a meta fiscal estabelecida para 2016, de superavit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). “Há uma agenda de melhoria do ambiente de negócio e medidas para simplificar e desburocratizar a vida de empresas e das famílias”.
Na sexta-feira (7), Barbosa havia afirmado que controlar a inflação é uma das prioridades do governo para 2016. Em nota oficial, assegurou que “o Ministério da Fazenda contribuirá no combate à inflação mediante a adoção de ações para o reequilíbrio fiscal e para o aumento da produtividade da economia”.
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Da Redação da Agência PT de Notícias