Na manhã deste sábado (24), 180 integrantes do programa de voluntariado da Copa do Mundo, o Brasil Voluntário, participaram de treinamento sobre segurança e primeiros-socorros, na Universidade de Brasília (UnB). Realizada pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a formação ensinou aos alunos como realizar atendimentos de emergência e procedimentos de controle de incêndios.
A Capital conta com a participação de aproximadamente 1,5 mil voluntários que atuarão durante os jogos do Mundial. Eles integram o quadro de cerca de 18 mil pessoas inscritas no programa, nas 12 cidades-sede da Copa. De forma alternada, todos os voluntários passaram por treinamentos à distância e presenciais nas modalidades de turismo, integração, mobilidade urbana, segurança e primeiros-socorros, coordenados pela UnB. Este é o último fim de semana de treinamento em todo o País.
De acordo com a assistente administrativa da UnB e coordenadora das atividades do Brasil Voluntário na instituição, Dalva Alcoforado, os voluntários estão preparados para atender turistas e torcedores durante o evento. “Cada etapa do treinamento foi muito importante. Todas as cidades estão mobilizadas e as atividades de treinamento estão acontecendo simultaneamente nas 12 cidades que sediarão a Copa”, explica.
A coordenadora esclareceu, ainda, que os voluntários atuarão em áreas de grande fluxo, como aeroportos, pontos turísticos, entorno de estádios e centros de mídia. Em Brasília, a central de voluntários funcionará na administração do Parque da Cidade, na região central da cidade.
Por meio do programa, a estudante de nutrição e moradora da cidade de Itapoã, Isana Farias, 19 anos, teve a primeira oportunidade de atuar como voluntária em um evento de grade porte. Movida pelo desejo de ajudar ao próximo, a jovem afirma que não se abala pelas críticas realizadas ao Mundial.
“Muitas coisas boas estão acontecendo nos últimos anos, como o crescimento econômico e a queda do desemprego. Acho que esses grandes eventos que estão acontecendo no Brasil são para o bem e podem melhorar a visão que o mundo tem do nosso País”, afirma.
Também movido pela solidariedade, o secretário de Cultura da cidade de Luziânia (GO), João Almir, 44 anos, participa como voluntário do programa.
Para ele, que realiza trabalhos voluntários há 16 anos, a Copa do Mundo é uma oportunidade única. “Trabalhando como voluntários, podemos exercer a nossa cidadania e, além disso, eu nunca tive oportunidade de atuar em uma Copa do Mundo ou mesmo vê-la de perto”, disse.
Assim como Almir, a aposentada e moradora da cidade do Guará (DF), Maria de Fátima Gráss, também realiza trabalhos voluntários há muito tempo. Desde que encerrou suas atividades formais, há 15 anos, ela se dedica às ações filantrópicas. “Para mim, ser voluntário é poder contribuir e colaborar para que as coisas deem certo, é dar um pouco de você para o seu próximo de graça, de coração”, afirma.
A formação em primeiros-socorros oferecida hoje aos voluntários da Copa servirá como aprendizado para a toda a vida, como explica o major do Corpo de Bombeiros do DF, Tarcísio Vasconcelos, 38 anos. “Eles se tornaram pessoas que vão ter condições de prestar um primeiro auxílio a um familiar, a um desconhecido na rua. O Corpo de Bombeiros e a PM, por maior que seja o número de militares, não se consegue cobrir todos os locais”, comenta.
De acordo com Vasconcelos, nos dias em que Brasília sediar jogos da Copa do Mundo, 800 bombeiros estarão a serviço do público. Para casos mais graves, em que os voluntários não possam prestar atendimento, a equipe de bombeiros será contatada e entrará rapidamente em ação. “Quando um voluntário se deparar com um problema, no máximo, de 5 a 10 minutos, terá uma equipe atuando no local”, explica.
Por Victoria Almeida, da Agência PT de Notícias.