Brasília vai sediar, pela segunda vez em uma semana, um ato em defesa da democracia e do governo da presidenta Dilma Rousseff. O evento, organizado pelo Núcleo em Defesa da Democracia (NDD), acontecerá nesta segunda-feira (20), a partir das 18h, na Praça dos Três Poderes.
A jornalista e cientista política Vera Lúcia Coelho de Medeiros, uma das coordenadoras do grupo, informou que a vigília em favor da democracia acontecerá todas as segunda-feiras, enquanto houver “pessoas e imprensa falando em golpe”.
“As pessoas são voluntárias e estão se sentindo incomodadas com essa conversa fascista que quer abalar o nosso País. Vamos para a frente do Palácio do Planalto para dizer que não estamos calados. Não haverá golpe enquanto houver um cidadão consciente de seus direitos”, informa Vera Lúcia.
O jornalista e poeta popular Vinícius Borba, que também participa do núcleo, critica a “insegurança jurídica” vista no País. Para ele, trata-se de uma estratégia objetiva para desmoralizar um partido que “tirou milhões de pessoas da miséria”.
A democracia e a presidenta Dilma Rousseff têm recebido manifestações de apoio de diversos segmentos. Na última segunda-feira (13), durante o 1º ato em frente ao Palácio do Planalto, o ator Paulo Betti gravou um depoimento, em vídeo, de apoio à presidenta.
“Ela está ciente de que vocês (os militantes) estão aqui e disse estar muito feliz com o apoio”, disse Paulo Betti.
Em São Paulo, na noite da última de terça-feira (14), o PT, PCdoB, PDT, PCO e diversos movimentos sociais participaram de mais um ato em defesa da democracia e do governo da presidenta.
Durante o ato, o presidente do PT, Rui Falcão, garantiu que a legenda está unida e pronta para uma grande mobilização nacional em defesa do governo Dilma.
“Temos que defender a democracia e o resultado do voto popular manifestado nas eleições no primeiro e segundo turnos e o Estado Democrático de Direito”, declarou Falcão.
A presidenta também recebeu apoio internacional, vindo das centrais sindicais da América do Sul, na última quinta-feira (17). Os representantes das entidades estiveram no Brasil para participar da 48ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Os dirigentes sindicais manifestaram preocupação com a tentativa de se impedir a continuidade da democracia brasileira.
“Mostramos a nossa solidariedade, de todos os movimentos sindicais, pelos ataques que tanto ela como seu governo vêm sofrendo faz tempo. E nós somos conscientes de que estes ataques que sofrem o governo do Brasil e a presidenta Dilma não são o único caso que temos nos nossos países [do Cone Sul]”, disse coordenador das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), Antonio Jara.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias