A folclórica frase herdada do anedotário do futebol nos remete a um alerta indispensável nesta reta final de campanha pela reeleição da presidenta Dilma.
A disputa será voto a voto e para alcançarmos a vitória devemos intensificar o caminho que nos trouxe até aqui: mobilização massiva nas ruas e redes, campanha politizada e máxima polarização programática.
Não tenhamos dúvida, nossos adversários continuarão tentando de tudo para derrotar a candidatura do campo democrático e popular. Seguirão com o terrorismo econômico, com ataques nas redes e pela mídia e com investidas junto a setores do judiciário contra a nossa candidatura e campanha.
Até o dia 26, precisaremos mais do que nunca dessa militância que, desde meados do primeiro turno, realiza uma das maiores mobilizações cidadãs das últimas décadas.
Debatendo política em filas de ônibus e nas redes sociais, com os vizinhos e na família, nos locais de trabalho e estudo, milhares de brasileiras e brasileiros têm saído todos os dias às ruas contra o retrocesso que representa a candidatura do PSDB e por mais mudanças e direitos sociais.
Ao mesmo tempo, artistas, lideranças políticas, ativistas e as principais expressões públicas progressistas e de esquerda têm tomado lado na disputa em curso no Brasil e declarado apoio à reeleição da presidenta Dilma.
Ao longo dessas semanas que condensam anos, nossa campanha tem enfrentado manifestações de ódio, violência e preconceito disfarçados de antipetismo. Diante delas, seguiremos firmes com nossas bandeiras, “sem perder a ternura”, mas respondendo na política a cada ataque ou provocação.
Tem sido esta postura que tem permitido a população reconhecer as profundas diferenças entre os dois projetos em disputa nestas eleições.
A candidatura de Aécio e o PSDB não podem assumir aberta e publicamente o seu programa. Dissimulados, sabem que privatizações, retirada de direitos e submissão às potências estrangeiras não têm apoio popular. Questionados nos debates, tentam disputar a criação dos programas sociais que antes chamavam de esmolas e só faltam cantar que “o que tá bom vai continuar, o que não tá, a gente vai melhorar”.
O debate programático interessa à campanha da presidenta Dilma. Temos o que comparar com os governos tucanos do passado, o que apresentar de realizações no presente e propostas transformadoras para o futuro. Além disso, não tememos o debate sobre corrupção ou de gestão da coisa pública. Os escândalos não resolvidos do governo FHC, a corrupção envolvendo aeroportos, trens e metrôs nos governos estaduais do PSDB e a responsabilidade sobre a crise da falta de água em São Paulo são apenas alguns dos atestados do atraso representado pelo modo tucano de governar.
Portanto, será na mobilização por mais mudanças e mais futuro que ampliaremos a força da nossa campanha.
A eleição de Dilma é fundamental para criarmos as condições para avançarmos em reformas democráticas e populares, como a reforma do sistema político; a democratização da mídia; o debate sobre o fim do fator previdenciário e a jornada de 40 horas; o fim dos autos de resistência e o enfrentamento à violência contra a juventude negra; a garantia da autonomia e dos direitos das mulheres, a criminalização da homofobia; o fortalecimento do SUS e a reforma da educação; a reforma agrária e urbana, entre tantas outras mudanças estruturais necessárias para um novo ciclo de desenvolvimento.
Apesar da virada de Dilma nas pesquisas de intenção de voto desta semana, não há espaço para nenhum triunfalismo ou salto alto.
Tentarão desmobilizar nossa militância de todas as maneiras, mas a arrogância dos que sentam na cadeira antes da hora ou que anunciam ministro da Fazenda sem a confirmação do voto popular é dos tucanos, não nossa.
Em vários momentos da campanha ocorreram movimentos inesperados do eleitorado. Os erros sucessivos dos institutos de pesquisa, os índices consideráveis de abstenção, votos inválidos e as dificuldades de acesso aos locais de votação em áreas rurais e ribeirinhas não permitem previsões definitivas.
Estamos numa crescente, mas a disputa se dará até o último minuto. O processo de mobilização e de intensa fiscalização durante todo o dia da votação serão decisivos.
Com a força do povo, venceremos!
Não Passarão!
Bruno Elias, secretário nacional de movimentos populares do PT