Após cinco anos de devassa, a Lava Jato admitiu que as palestras de Lula eram legais. Entre 2011 e 2015, o ex-presidente Lula fez palestras ao redor do mundo para mais de 40 empresas diferentes. Por conta disso, Sérgio Moro e Deltan Dalagnol acusaram Lula sem provas, chegando a bloquear seus bens, em mais um capítulo da perseguição para afastá-lo das eleições de 2018. Depois de cinco anos de perseguição, a Polícia Federal e o Ministério Público não conseguiram provar nenhuma das acusações inventadas em torno das palestras. E arquivaram o caso.
“Precisamos esperar cinco anos mas está ai, a Justiça tarda mas não falha”, afirmou a presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), em sua conta do Twitter. “Está desmontada mais uma tese de Dallagnol e Moro, que armaram uma tramoia jurídica contra Lula”, denunciou Gleisi. “Agora cabe ao STF votar a suspeição desse ex-juizeco e Lula reaver seus direitos políticos”, cobrou. Em sentença do último dia 24, a Justiça Federal no Paraná concluiu, após quase cinco anos de investigações, que foram legais as 23 palestras de Lula a empreiteiras investigadas na Lava-Jato.
“Até a Veja precisou reconhecer depois de cinco anos de mentiras”, afirmou Lula em suas redes sociais. De fato, em matéria, a revista destacou em chamada que “após cinco anos, Justiça reconhece legalidade de palestras de Lula”. Durante esse período, a publicação massacrou semanalmente o ex-presidente Lula com capas e matérias, com base apenas nas especulações da Lava Jato, que agora se mostram improcedentes. De acordo com a Veja, a Lava-Jato admitiu “ausência de prova suficiente” de crime no recebimento dos valores pelo ex-presidente.
“Em outubro de 2016, Lula já tinha publicado o relatório de todas as palestras que deu. Até antes, na verdade. E elas eram avisadas com antecedência para toda a imprensa. A Veja preferiu esconder a verdade esse tempo todo só pra não desmentir os picaretas Sérgio Moro e Deltan Dalagnol”, lembrou o deputado federal Alencar Braga (PT-SP). Destacando o “fim da farsa”, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que “após cinco anos, a Lava Jato reconhece legalidade das palestras de Lula e a Veja é obrigada a noticiar”. Para o deputado federal Carlos Veras (PT-SP), “a verdade deveria ganhar o mesmo espaço que foi dado à difamação”.
“Não houve comprovação de que os valores bloqueados possuem origem ilícita. Deve-se presumir sua licitude”, escreveu a juíza Gabriela Hardt em sua sentença. De acordo com a juíza, “a autoridade policial concluiu não haver indícios nesse sentido, com o que concordou o MPF”. Assim, de acordo com a decisão, “o bloqueio integral de tais valores não mais se sustenta”, escreve Hardt. A decisão foi dada no processo que analisa o espólio da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Com isso, mais uma farsa contra o ex-presidente Lula caiu por terra, comprovando a prática de lawfare da Lava Jato.
Da Redação