A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (10) a ampliação, até 2019, da atual política de valorização do salário mínimo. De acordo com o texto, o reajuste permanece determinado pela variação real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e pela inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) a atual política de valorização do salário mínimo é vitoriosa e representa um importante avanço dos direitos dos trabalhadores brasileiros.
“As conquistas dos assalariados, do salário dos trabalhadores, foram de quase 70% de crescimento, de ganhos além da inflação”, observou.
Guimarães apontou o diálogo entre o governo e os congressistas fundamental para aprovar a matéria. “Esse diálogo entre Executivo e Legislativo tem que ser sempre assim para construir o consenso possível. Isso que qualifica a relação entre os dois Poderes”, destacou.
A votação da emenda que pretende aplicar a regra de reajuste para as aposentadorias ficou para esta quarta-feira (11). O governo é contra a ampliação que poderá gerar forte déficit na Previdência Social, podendo inviabilizar a política de reajuste do salário mínimo.
O vice-líder do governo, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), defende um amplo debate sobre a inclusão dos aposentados na política de reajuste, considerada por ele “uma medida demagógica”. “Não concordamos que seja discutido e misturado com salário mínimo a política previdenciária, que tem outra complexidade”, afirmou.
Após passar pela Câmara, o projeto irá para o Senado e, se aprovado, vai à sanção da presidente Dilma Rousseff.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara