A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas protocolou, na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (20), cerca de 700 mil assinaturas a favor da reforma política que põe fim ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Além disso, os ativistas pedem que sejam estabelecidas eleições em dois turnos para o Legislativo e também se posicionaram contra o distritão, proposto pelo relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). O texto deverá ser votado em plenário na próxima segunda-feira (25).
A iniciativa dos movimentos sociais foi apoiada pelo PT, PCdoB e Psol. O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), defendeu intensa manifestação da sociedade sobre a votação da reforma política. Segundo ele, sem essa pressão, o atual Congresso Nacional não atenderá os anseios da população.
“A nossa bancada se esforçará ao máximo para avançar no texto que está sendo apresentado, que hoje não traz, nem de longe, o que a sociedade espera”, ressaltou o deputado.
Para a deputada Moema Gramacho (PT-BA), o movimento deve ser respeitado e o povo não pode ter uma resposta diferente daquilo que pediu.
“A Câmara precisa responder com uma reforma política que contemple os interesses da população”, destacou Moema.
Bancada feminina – A Bancada Feminina do Congresso Nacional deliberou, nesta quarta-feira (20), que nenhuma parlamentar votará as matérias da Reforma Política, bem como usará todos os recursos regimentais para obstruir a votação do relatório, caso não seja aprovado um mecanismo que proporcione o aumento da representação feminina nos parlamentos municipais, estaduais e federal.
A proposta das parlamentares é a reserva obrigatória de 30% das vagas para mulheres no Senado, na Câmara, nas assembleias legislativas e câmaras municipais.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara