O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), no Rio de Janeiro (RJ), capacitou, em 2014, 3.059 pessoas. O Centro é referência mundial na preparação de militares e civis para missões humanitárias e de segurança em regiões de conflito e, por isso, treina profissionais de todo o mundo.
A última ação com capacitação do CCOPAB foi na Angola. Para tanto, civis e militares dos Estados Unidos, México e Argentina fizeram treinamentos no Brasil. De acordo com o Ministério da Defesa (MD), participaram também jornalistas que atuam nas coberturas de guerras.
O efetivo de 1.200 mil militares que atuam no Haiti é trocado a cada seis meses. É definido, durante a reunião de oficiais que termina nesta sexta-feira (23), o 22º contingente que se integrará aos 1.200 militares brasileiros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Está foi, inclusive, a primeira atividade da Organização das Nações Unidas com comando do Brasil. O general José Carlos Jaborandy é o atual comandante da missão.
Parceria – O trabalho da missão brasileira não se restringe à defesa e ao policiamento, mas também em ações necessárias para um país devastado por desastres naturais e sociais, como os golpes de Estado. O exército brasileiro atua, também, em organizações não governamentais, como a Pastoral da Criança e a Viva Rio. Já o Batalhão de Engenharia do Exército Brasileiro (EB) trabalha na instalação de poços artesianos, distribuição de filtros, asfaltamento e construção de escolas e hospitais.
Na área de defesa e policiamento, o Exército mantém uma unidade permanente de 120 soldados para desarticular gangues no bairro considerado mais pobre das Américas, o Cité Soleil, em Porto Príncipe.
Em 10 anos, o Brasil enviou para o Haiti 32 mil soldados, entre homens e mulheres. Nesse período, segundo o MD, as 18 baixas do exército brasileiro ocorreram pelo terremoto e nenhuma por confrontos.
O terremoto que deixou aproximadamente 300 mil pessoas mortas, em 2010, revelou ao mundo a trágica situação do povo haitiano. Dados da ONU informam que mais da metade da população não sabe ler e escrever e, cerca de 60%, é analfabeta funcional. Num contingente de 10 milhões de pessoas, apenas 1,4% dos homens e 0,7% das mulheres chegam ao ensino universitário.
Guilherme Ferreira da Agência PT de Notícias