“É no Semiárido que o povo resiste!”, esse foi um dos gritos de ordem dos militantes no ato que marcou o início da Caravana Contra Fome, em Caetés (PE), nesta sexta-feira (27). Com o risco de a fome e a miséria voltarem aos lares de milhares de brasileiros, após a desastrosa política de cortes de Michel Temer, a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) percorrerá quatro estados mais o Distrito Federal para exigir a liberdade do ex-presidente Lula, líder absoluto de todas as pesquisas eleitorais.
O grupo partirá de Caetés, cidade escolhida para homenagear a terra-natal do ex-presidente, reconhecidamente um dos principais líderes a combater a fome no mundo. “Lula foi preso porque matou a fome do povo”, gritavam os manifestantes no ato desta sexta. Para Jaime Amorim, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), é preciso “derrotar o golpe e os golpistas”.
“Nós vamos derrotar os traidores da pátria. Nenhum deles será eleito deputado ou senador. Vamos levar mensagem de força para o Lula. Mas vamos levar também uma mensagem para aqueles que estão constituindo uma república do atraso em Curitiba, que é o grupo do Sérgio Moro”, bradou o militante.
Para fazer o trajeto e denunciar o desmanche das políticas públicas destinadas ao semiárido brasileiro, a Caravana iniciou uma campanha de financiamento coletivo. Os militantes seguirão de Caetés-PE em dois ônibus para Feira de Santana-BA, primeira parada do grupo.
“Esse é um processo histórico muito importante. Pois é um movimento que pode crescer a cada cidade e a cada parada. Não são apenas 102 pessoas e dois ônibus. Levamos na bagagem desses ônibus algo muito maior. Vamos denunciar todas as falcatruas e injustiças que estão sendo feitas contra o ex-presidente. Hoje Lula está preso, mas tudo o que ele representa não está. Suas ideias e seus pensamentos não estão presos, porque estão sendo representados por milhares de brasileiros”, disse Amorim.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Brasil de Fato