Em carta enviada para ser lida durante o Encontro de Tática Eleitoral do Partido dos Trabalhadores do Ceará que ocorreu neste sábado (28), no Hotel Praia Centro, em Fortaleza, o ex-presidente enfatiza que se deve governar para todos, mas com atenção especial para a população mais necessitada.
Leia a carta na íntegra
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Durante muito tempo, o Brasil foi o país do futuro. Um futuro que nunca chegava. Até que o povo brasileiro decidiu que estava farto de viver acorrentado ao eterno passado de escravidão, miséria e abandono. E elegeu um nordestino presidente da República. Esse nordestino, que quando tinha 7 anos de idade embarcou com a mãe e os irmãos num pau de arara rumo a São Paulo em busca de uma vida melhor, foi eleito presidente prometendo uma vida melhor para todos os brasileiros.
Prometemos juntos, ganhamos juntos e cumprimos. Governamos para todos, mas com carinho especial para a parcela mais necessitada da população, e para uma região cujo extraordinário potencial de desenvolvimento havia sido historicamente ignorado pelas elites que durante 500 anos governaram o Brasil. Esta região é o Nordeste, cuja história pode ser dividida em duas etapas totalmente distintas: antes e depois do PT.
Nós governamos com um olho no passado, para a correção de injustiças centenárias, e o outro olho voltado para o futuro, para a construção de um Brasil e um Nordeste mais desenvolvidos e mais justos.
E o povo elegeu esse nordestino de novo, depois elegeu a primeira mulher presidenta da República, e depois reelegeu ela de novo. E aí o que fizeram aqueles que nos queriam eternamente presos aos grilhões do passado? Deram um golpe que jogou no lixo 54 milhões de votos e trouxe de volta mazelas que considerávamos extintas, como o desemprego, a fome e a mortalidade infantil.
E o que nós queremos agora? Nós queremos reeleger o companheiro Camilo Santana governador do Ceará no primeiro turno. E nós queremos o futuro do Brasil de volta. No dia 7 de outubro nós vamos agarrar o futuro e não vamos deixar ele nunca mais escapar das nossas mãos.
Rumo à vitória, rumo ao futuro. E para citar um rapaz cearense sem dinheiro no bolso mas com muita poesia na cabeça e no coração: “Tenho sangrado depois, tenho sofrido pra cachorro. Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro”.
Não morreremos. Venceremos. Forte abraço.
Por Luiz Inácio Lula da Silva