A Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia (Abesco) e o Sebrae São Paulo lançam, nesta segunda-feira (21), uma cartilha com para orientar o micro, pequeno e médio empreendedor sobre ações sustentáveis, que permitam economizar energia, reduzir custos, aumentar a produtividade e competitividade do negócio.
A adesão das 8,6 milhões micro e pequenas empresas ao programa de eficiência energética proposto pelas entidades irá melhorar as condições do Sistema Elétrico Brasileiro, que estão boas, especialmente após as chuvas na região Sul. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico registra a existência de sobra estrutural de 5.500 megawatts médios (MW médios) para atender à carga prevista e que, portanto, “as condições de abastecimento do país estão asseguradas”.
Se os pequenos empresários seguirem as dicas da cartilha, poderá ser poupado parte dos 48 gigawatts/h desperdiçados todos os anos – o equivalente à metade da produção de Itaipu Binacional e energia suficiente para o consumo anual do Rio de Janeiro e de Sergipe juntos.
No bolso dos empreendedores, as vantagens são ainda maiores, pois a energia é um fator de custo para a indústria que, sem uma adequada administração, pode impactar até 60% do preço final do produto.
Pela falta de administração dos gastos e de medidas de eficiência energética, o Brasil tem perdas de R$ 11 bilhões a R$ 20 bilhões por ano, segundo estimativas da Abesco. A utilização de equipamentos obsoletos – como motores, geladeiras, aparelhos de ar condicionado – e processos inadequados nas empresas são as principais causas do prejuízo.
Segundo o presidente da Abesco, Rodrigo Aguiar, a indústria é o setor que mais desperdiça energia no país, seja por falta de informação ou linhas de financiamento adequadas à adoção de novas tecnologias. “A conscientização é o primeiro passo para a resolução do problema”, afirma Aguiar.
Os empresários poderão encontrar na cartilha recomendações para reduzir o consumo com base em indicadores de controle sobre os fluxos de energia. “É preciso estar atento ao fato de que a energia representa um custo fixo significativo dentro de uma empresa e esse recurso precisa ser melhor gerido”.
Por Márcio Morais, da Agência PT de Notícias