O deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) avalia que o grupo político que há 12 anos está à frente da prefeitura de Caxias do Sul (RS) tem promovido retrocessos em importantes áreas da cidade, como a saúde, educação, segurança e participação popular.
Segundo ele, que já foi prefeito de Caxias em 1997, a população tem pedido a volta do PT e do Modo Petista de governar.
“Nesses últimos meses, o que eu mais ouvi na cidade eram as pessoas dizendo isso: vocês têm que voltar, o PT tem que voltar, vocês têm que voltar para a prefeitura para resolver os problemas que a cidade tem”, afirma Pepe Vargas, pré-candidato a prefeito da cidade.
O legado na cidade deixado pelos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff também foi motivador para Pepe lançar sua pré-candidatura.
De acordo com o deputado federal, com Lula e Dilma a cidade contou com investimentos na habitação, indústria, agricultura familiar, além de financiamentos subsidiados para construção de corredores de ônibus exclusivos, para abastecimento de água e saneamento básico.
“Os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma fizeram muito no município. Um conjunto de políticas públicas que viabilizaram questões importantes e que nós temos que fazer a defesa desse legado. Do contrário, os nossos adversários é que reconhecerão essas questões todas que permitiram a solução de problemas para uma parcela significativa da população”, aponta.
Pepe Vargas relembra as principais ações dos oitos anos em que foi prefeito de Caxias do Sul, como a contratação de médicos e a abertura de 11 novas escolas municipais, de 1ª a 8ª série.
“Nós praticamente implantamos o SUS no município, fizemos os concursos públicos, contratamos as equipes de saúde, abrimos o Pronto Atendimento 24 horas antes de existir uma política federal para apoiar a construção de unidades de pronto atendimento. Isso tudo no período de Fernando Henrique Cardoso, onde não tinha praticamente auxílio nenhum do governo federal para essas questões”, ressalta.
Segundo Pepe, esses oito anos estão ainda na memória do povo de Caxias. “A população reconhece que houve um grande avanço na área da saúde. As pessoas fazem a comparação e querem o retorno do Orçamento Participativo, que era uma marca importante da nossa gestão”.
“Mas não vamos governar olhando o passado. O passado é importante, porque ele nos dá a credibilidade. Mas vamos usar a credibilidade do passado para discutir o futuro da cidade. Essa é a questão central”, afirma.
Campanha
O pré-candidato petista comemora o fim do financiamento empresarial, que reduzirá o peso do poder econômico nas campanhas eleitorais.
“É uma campanha que vai baratear muito os seus custos. O que é positivo para a democracia brasileira. Mas é preciso fiscalizar para ver se os adversários não vão burlar a legislação e não utilização de expedientes como caixa dois ou coisa do gênero”, ressalta.
Na sua avaliação, o PT sai na frente em uma campanha com poucos recursos financeiros, porque conta com a militância.
“Quem vai ter que segurar a campanha é a militância. Não só nas atividades de campanha, como inclusive nas atividades de arrecadação financeira”, completa.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias