O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou, em bate-papo promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nesta quinta-feira (5), que é preciso reduzir o número de cesáreas realizadas no Brasil e ampliar a qualidade da saúde pública.
De acordo com o ministro, quando mal indicada, a cesariana pode prejudicar a gestante. Ele explicou que o ministério defende o parto normal e que a estratégia possibilita maior empoderamento feminino.
“É preciso dar condições para que essa escolha seja a melhor para a vida da mulher e para o bebê”, afirmou.
Sobre os planos de saúde, Chioro detalhou que, atualmente, 202 milhões de brasileiros utilizam o SUS e 52 milhões fazem uso de planos de saúde.
Para o ministro, o Brasil precisa caminhar ainda mais em direção a valorização da saúde pública e também melhorar a saúde básica. Segundo ele, a atenção básica soluciona 85% dos casos que levam pacientes a procurar atendimento em saúde.
“O governo Dilma não terá temor de fazer enfrentamentos, defender prioridades e se coloca à disposição para discutir e construir um país mais justo mais fraterno solidário”, afirmou.
Utilizando a hashtag #PergunteAoMinistro nas redes sociais, internautas de todo o Brasil tiraram dúvidas sobre programas e ações na área de saúde com o responsável pelo Ministério da Saúde. Chioro também respondeu perguntas sobre temas como o programa Mais Especialidades, atenção básica de saúde e orçamento por meio de redes sociais e portais de notícias.
O carnaval foi o primeiro tema abordado pelo ministro. Segundo Chioro, o Ministério da Saúde investirá no aumento de estoques de sangue em unidades públicas de saúde. Além disso, serão revisadas escalas de profissionais, o fornecimento de orientações e testes sorológicos gratuitos para detecção de Aids.
“Não dá mais para ficar só na camisinha e só na orientação, por isso vamos ofertar o teste sorológico rápido”, afirmou. De acordo com ministro, o Brasil vive um declínio lento, mas constante, no número de casos da doença.
O orçamento da pasta também foi um tema questionado pelos internautas. De acordo com Chioro, o orçamento do ministério ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional. No entanto, o Projeto de Lei Orçamentária da pasta foi estabelecido em R$ 109 bilhões.
“Com esses recursos somados aos recursos estaduais e municipais teremos o desafio de implantar políticas públicas que atendam todas as pessoas desde a vacina até o transplante”, explica o ministro.
Mais Médicos – O alcance e o objetivo da sexta etapa do programa Mais Médicos, também foram esclarecidos pelo ministro. Segundo Chioro, a nova fase da iniciativa contará com mais 4 mil vagas para profissionais de saúde e beneficiará 63 milhões de brasileiros.
Entre as ações previstas no programa estão a especialização de profissionais de saúde, melhorias nas unidades médicas e formação de novos profissionais da área. “Nós chegaremos até 2017 com 1500 novas vagas em cursos de medicina, priorizando especialmente as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste e cidades que não tem faculdades de medicina”, garante.
Chioro relembrou ainda que, segundo levantamento realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 84% dos usuários do Mais Médicos se declararam muito satisfeitos com o programa. “Hoje, a situação é diferente do início de 2013. O programa tem credibilidade e se consolidou”, afirma.
Por Victoria Almeida, da Agência PT de Notícias