Partido dos Trabalhadores

Cida de Jesus está “pronta para batalhar” no PT-MG

Presidenta eleita para o partido em Minas quer organizar a legenda para enfrentar as perdas que o golpe impõe à democracia e voltar à vitória em 2018

Divulgação

Cida de Jesus

Natural do Vale do Jequitinhonha, Cida de Jesus foi eleita a segunda mulher presidenta do PT mineiro. Desde que deixou para trás uma vida marcada pela sobrevivência e ingressou na militância política, tornou-se um dos exemplos de como a paridade muda a cultura partidária e promove mudanças na política ao elevar mulheres a postos de direção. “Avançamos muito com a cota e isso é fundamental para o PT, que defende a democracia e a igualdade”.

Cida considera a eleição da senadora Gleisi Hoffmann como presidenta nacional do partido uma importante conquista, no momento em que estão ameaçadas a democracia e a luta das mulheres, principalmente negras e pobres. “Somos três presidentas estaduais mais a Gleisi e temos o desafio de aglutinar em torno da PT a militância e os movimentos sociais para resgatarmos as conquistas dos governos de Lula e Dilma”, declarou.

Cida presidiu interinamente o PT-MG no último ano, quando o então presidente Odair Cunha deixou o cargo para se tornar secretário estadual de Governo. Elegeu-se agora com a proposta de fortalecer a luta contra o golpe e trabalhar o partido em Minas Gerais para aumentar as bancadas federal e estadual e reeleger o governador Fernando Pimentel.

Por ser o segundo maior colégio eleitoral do país, a presidenta do PT de Minas tem outra missão: ajudar a eleger o ex-presidente Lula em 2018.

“Além da resistência ao golpe, precisamos organizar nossa militância e formar quadros para as eleições. Como presidenta do PT, também vou trabalhar para voltarmos para nossas bases e para as regionais, e também nos voltarmos para nossos núcleos, como jovem, mulher e negro”.

Cida citou a última pesquisa Datafolha que mostrou o PT como o partido mais querido dos brasileiros, chegando a 18%. Apesar de toda a perseguição jurídica e midiática, a dirigente acredita que a Lava Jato perdeu força e a população entendeu que a tirada da presidenta eleita Dilma Rousseff do Palácio do Planalto foi um golpe de estado.

“A sociedade está percebendo que sofreu um golpe por trás de bandeiras como ética e combate à corrupção, e que houve avanços nos nossos governos, principalmente com desenvolvimento social. E a sociedade também está percebendo que estão fazendo reformas arbitrárias, como a trabalhista e a previdenciária”, disse.

Ainda sobre o Datafolha, Cida comentou a liderança de Lula em todos os cenários eleitorais. “Lula nos orgulha de tê-lo como líder do PT. É um líder social que, de fato, trouxer alternativas ao conservadorismo e sempre defendeu a vida do cidadão. Ele tem a compreensão da sociedade”.

Cenário estadual

Cida avalia que Minas avançou ao eleger um governador petista depois de quatro mandatos de tucanos. Além da busca pela reeleição de Fernando Pimentel, a dirigente acredita que as novas políticas implementadas vão melhorar de fato a vida do mineiro. Cida citou três importantes frentes como pilares do governo petista no estado: os fóruns regionais, a busca pelo ressarcimento das perdas com a lei Kandir e a valorização do funcionalismo.

Ela lembrou, ainda, a calamidade financeira que os governos do PSDB deixaram para o petista. “Pegamos um estado sucateado, mas o governador está melhorando a qualidade de vida dos mineiros. Temos os fóruns regionais, que pela primeira vez foram até a população ouvir suas demandas. Agora, o governo planeja suas ações a partir de uma efetiva escuta do povo mineiro e já tem mostrado resultados importantes.”.

“Uma das principais lutas do governo é receber o que a União deve”. A dirigente se refere a uma campanha na qual o governo de Minas quer quitar a dívida com a União por meio de créditos que possui da lei Kandir. O estado foi o mais prejudicado com as desonerações do ICMS previstos pela lei, deixando de arrecadar R$ 135 bilhões contra R$ 88 bilhões de dívida com a União.

Sobre as expectativas à frente do partido, Cida acredita que, apesar de ser um período curto de apenas dois anos, vai alcançar os objetivos. “O que a vida quer da gente é coragem. Saí do Vale do Jequitinhonha, sempre sobrevivi, militei e agora estou aqui pronta para batalhar”.

Da Redação da Agência PT de Notícias