Leia mais
Sob a gestão do candidato do PSDB e preferido do golpista Michel Temer à presidência, Geraldo Alckmin, o desempenho em matemática e português dos estudantes do ensino médio da Rede Estadual de Ensino de São Paulo caiu consideravelmente pelo segundo ano consecutivo, segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica, divulgados pelo MEC nesta quinta-feira (30) e publicados na Folha.
Em matemática, a média considerada adequada é de 350, mas ela passou de 265 em 2015 para 263 em 2017. O resultado em português foi de 268 para 266, o apropriado seria de 300 ou mais. São Paulo ficou entre os 12 estados que tiveram queda no desempenho das duas disciplinas.
O estado que tinha a 7ª melhor posição das notas de matemática em 2015, no ranking entre todas as redes estaduais, passou para 10º colocação no ano de 2017. Já em português passou de 6º para 5º.
Ideb
Em conjunto com as taxas de aprovação das escolas e redes, esses resultados compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, que é produzido a cada dois anos. O governo de Michel Temer decidiu nesse ano dividir a divulgação dos resultados.
Nesta segunda-feira (3), o Ideb mais recente, que corresponde ao ano de 2017 foi divulgado pelo Governo Federal, e os números mostram uma queda no ensino médio de São Paulo, que passou de 3,9 para 3,8. A expectativa é de que se alcance o índice 6.
Apesar de ter avançado nos anos iniciais do ensino fundamental (5º ano), de 6,3 para 6,5, São Paulo foi superado por Ceará e Goiás. Nos anos finais (9º ano) passou de 4,7 para 4,8, mesmo assim ficou abaixo de Goiás e Rondônia.
Na liderança do Ideb está Goiás, único estado que cumpriu a meta em 2017.
Saresp e Idesp
O estado mais rico do país está sob o governo do PSDB desde 1995 e os números relacionados a educação vem ano após ano mostrando piora nos resultados.
No ano de 2016, o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), mostrou números também negativos. Segundo o Indicador Educacional da Rede Estadual, o Idesp, o estado que tem 3,7 milhões de estudantes da Rede Estadual mostrou a não progressão nos últimos anos do ensino fundamental e médio.
Desde 2008, o governo aplica uma política educacional “de cima para baixo” que inclue provas externas e bônus para professores que consigam elevar os números do Idesp. O que é facilmente questionado, já que não existe comprovação de que essa política realmente promova melhora no aprendizado.
O governo de Alckmin também esvaziou o programa Ler e Escrever, criado em 2007 que tinha como objetivo alfabetizar todas as crianças até 8 anos de idade que estudem na Rede Estadual, além de promover melhorias de leitura e escrita a estudantes de outras séries.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha