“Graças ao PT eu tenho casa, estou estudando Pedagogia e criei minha filha. Era muito difícil sair do aluguel, mas quando Lula foi eleito a economia melhorou muito. E isso tudo é consequência do trabalho dele, que olhou para todos os trabalhadores”.
É assim que Luiza Owhoka, 41 anos, define o grande impacto da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua vida. Nascida no bairro da Liberdade, em São Paulo (SP), Luiza mudou-se ainda pequena para a Zona Leste, onde sempre estudou em escolas públicas.
“O ProUni não foi, ele é, e não só para mim, mas para muitas pessoas, um divisor de ss muito grande. Hoje, a pessoa que não tinha renda para fazer um curso superior tem acesso à educação e se forma. A dificuldade da classe operária é financeira, não é falta de vontade de vencer”, diz.
Luiza concluiu o ensino médio e, logo em seguida, engravidou. “Por conta disso, fiquei 18 anos afastada dos estudos, porque a minha prioridade era criar a minha filha, mas nunca desisti do sonho da faculdade”, lembra.
Cobradora de ônibus desde 2011, Luiza não imaginava que conseguiria o Programa Universidade para Todos (ProUni). “Passei com uma boa colocação e hoje sou bolsista integral na faculdade Sumaré. Estou no 6º semestre do curso de Pedagogia”.
O ProUni foi criado por meio da lei nº 11.096, no primeiro mandato de Lula, e concede bolsas de estudo integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior.
“A minha mensalidade custa R$ 500 e a renda de um cobrador, sem nenhum desconto, gira em torno de R$ 1,5 mil. Sem o programa eu jamais ia poder estudar”, explica.
Atualmente, Luiza é uma das diretoras do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Transportes Urbanos, Metropolitanos, Intermunicipais de Guarulhos e Região (Sincoverg) e trabalha em defesa das mulheres da categoria (motoristas e cobradoras) contra assédio, constrangimento, abuso, machismo, racismo e outros conflitos de gênero.
“Na verdade, ainda sou cobradora porque quando a gente é afastada pelo sindicato nós continuamos funcionária da empresa. Nós somos afastados para prestar um serviço, mas podemos retornar a qualquer momento’, explica.
A sua rotina é puxada, mas ela não se arrepende. Acorda às 6h, trabalha no sindicato das 8h às 17h e, depois, segue para a faculdade. “Minha aula começa às 20h30, mas chego antes para poder estudar. Chego em casa por volta da 1h da madrugada e ainda tenho as coisas da casa para fazer”, conta.
Já a escolha do curso tem tudo a ver com seu desejo de um país melhor. Para ela, a educação é a base de tudo e ela quer ser parte da mudança que quer ver no mundo.
“Nada é feito sem professor, é uma função essencial. Eu tenho que ser parte da mudança que eu quero ver no mundo. Para o futuro, penso em fazer uma pós em Ciências Políticas, aliando a Pedagogia com a militância e abrindo espaço p nós, mulheres, negras e pobres.
Os impactos do governo Lula na vida da cobradora não param por aí. Com a melhora na economia durante o governo petista, Luiza mudou-se para Guarulhos e comprou sua própria casa.
“Lula melhorou muito a economia, o poder aquisitivo do brasileiro aumentou. Com ele, o Brasil virou janela para o mundo, ele ganhou respeito mundial”, comemora.
Desgoverno
“Viramos um país de circo. Temer representa um desgoverno de uma pessoa desleal, machista, que discrimina e faz comentários sarcásticos com a classe operária e com as mulheres”, lamenta.
Luiza enfatiza que muitos colegas da faculdade foram prejudicados com a nova gestão e perderam o Fies e o ProUni. “De um ano para cá, foram mais ou menos seis amigos próximos. O problema nunca foi o Lula nem a Dilma”.
Ela ainda ressalta a importância do povo ir às ruas em defesa dos seus direitos e a necessidade de maior interesse na política.
“A reforma trabalhista é a extinção do trabalhador, porque vamos virar escravos e morrer trabalhando. A reforma da Previdência vem para consolidar isso. O povo tem que ir às ruas. A política nos impacta em tudo e o conhecimento é o que pode nos tornar em um país melhor”, diz.
A cobradora ainda lembra que no primeiro manifesto contra Temer, “ele colocou a polícia na rua para bater nos estudantes. Ele é um ditador, a democracia passou longe, o machismo e a xenofobia estão ali”.
Por fim, Luiza ressalta que “quem está na rua são os jovens, são os estudantes que Lula abriu a porta. Isso é a colheita, é o que o PT plantou e está dando fruto. Espero que Lula olhe por nós também em 2018”, torce.
Por Carla Escaleira da Agência PT de Notícias