O Rio Grande do Norte viveu uma revolução educacional durante os governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma.
O estado, que se prepara para a visita de Lula neste domingo (27) como parte da viagem Lula Pelo Brasil, viveu um boom de universidades, institutos federais e investimento na educação básica durante os 13 anos de governo petista. O ex-presidente passará pelas cidades de Currais Novos, onde terá ato às 17h no Largo do Tungstênio neste domingo, e por Mossoró, na segunda-feira, com programação marcada para 18h na Estação das Artes Elizeu Ventania.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) denuncia, no entanto, que todo esse legado está ameaçado sob a gestão de Michel Temer (PMDB).
“Lula decidiu colocar o pé na estrada novamente e começar pelo Nordeste para ver de perto a situação de dificuldade que está passando a maioria do povo brasileiro”, afirmou a senadora.
“Os retrocessos são insanos e inimagináveis. Em pouco tempo ele instaurou um processo acelerado de destruir as conquistas muito importantes dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma. É uma tragédia nacional”, diz ela.
Lula passará pelas cidades de Currais Novos e de Mossoró. A expectativa é grande, segundo o presidente do PT do Rio Grande do Norte Manoel Júnior Souto. O ato em Currais Novos terá a participação de artistas, falas políticas e representantes dos institutos federais e de comunidades quilombolas, segundo Souto.
Segundo Fátima, não é só a militância que tem participado da caravana, mas a maioria da população que tem reconhecimento das conquistas e avanços extraordinários durante os governos do PT.
A senadora destaca a educação como o grande legado no país e no estado. Ela lembra que o orçamento de educação saltou de R$ 18 bi em 2003 para mais de R$ 115 bi após os governos petistas. E a porcentagem do PIB saiu de 3,2% para 6,2%.
No Rio Grande do Norte, o Estado se beneficiou com a expansão dos institutos federais. O número de institutos federais passou de 2 para 21 unidades durante a gestão petista.
No Nordeste, passou de 49 para 194 unidades – crescimento de 295,5% no número de escolas técnicas.
Outra grande conquista, conta a senadora, foi a transformação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró em Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), por meio de uma lei sancionada por Lula e de relatoria da própria senadora.
Fátima conta que a instituição, que tinha apenas 400, passou a ter 10 mil matrículas, com a expansão para várias cidades do oeste e alto oeste do estado.
As vagas da Universidade Federal do estado também quase triplicaram. Os campi que tinham sido fechados durante a gestão tucana foram reabertos, como em Santa Cruz e Macao.
Outra conquista foi a construção da Escola Multicampi de Ciências Médicas, que forma profissionais de saúde que atuam na própria região do Seridó e Cariri. “Metade das vagas têm sido preenchidas por jovens de famílias humildes, oriundos da própria região”, explica Bezerra.
Ela conta a história de Ana Lúcia, filha de um pequeno agricultor, e que está realizando o sonho de se tornar médica, coisa que ela achava ser impossível. “Foi o governo do PT que possibilitou a realização do sonho. A maior alegria dela vai ser quando concluir o curso e trabalhar na própria região”, conta.
Na educação básica, Bezerra lembra dos benefícios do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
Fátima Bezerra também foi relatora do projeto de lei que criou o fundo, sancionado por Lula e que ampliou o investimento em creches, por exemplo, por meio do ProInfância, responsável pela construção de creches modelos no Estado.
Ela também cita os 1.068 ônibus do programa Caminhos da Escola. Os ônibus mudaram a realidade do transporte escolar no estado. Muitas vezes as crianças iam em veículos precários da zona rural para a escola na cidade.
“Tínhamos um tempo em que os estudantes eram transportados como se fossem animais, em um estágio permanente de insegurança”, conta. Ao dar conforto e segurança, o programa combate a evasão escolar, conta a professora.
Por Clara Roman, da Agência PT de Notícias