O delator do esquema conhecido como Swissleaks, o francês Hervè Falciani, falou à CPI do HBSC, nesta terça-feira (25), e concordou em colaborar com as investigações feitas pela comissão. A colaboração dará fôlego às investigações, após o governo francês negar o compartilhamento dos dados com o colegiado. Com isso, a duração da CPI deve ser prorrogada.
Por videoconferência, Falciani negou que tenha recebido qualquer vantagem financeira com as denúncias das fraudes fiscais envolvendo a filial do banco na Suíça. Segundo ele, o número de brasileiros com contas na filial do banco suíço ultrapassa “muito” os 8,7 mil, que se conhece até o momento, por conta de intermediários e laranjas operando em nome de outras pessoas.
O francês também informou que há muitos outros bancos envolvidos no esquema de facilitar evasão de divisas e lavagem de dinheiro. De acordo com os dados do esquema, os correntistas do banco movimentaram US$ 100 bilhões, dos quais US$ 7 bilhões seriam de brasileiros.
Falciani disse que não existe na Suíça um registro central de todas as contas abertas nos bancos, o que fragiliza o controle. Para ele, é preciso vontade política para acabar com a evasão fiscal seria criar, em mais países, de departamentos de inteligência econômica para coibir a evasão fiscal.
Com as novas informações, os parlamentares querem prorrogar o fim da CPI, marcado para o dia 19 setembro, por pelo menos 90 dias. O requerimento de prorrogação deve ser votado em reunião marcada para a próxima quarta-feira (2).
Após os termos da cooperação do ex-funcionário do banco forem discutidos com seus advogados e assinados, a CPI do HSBC deve formar um grupo de trabalho para descobrir com o Banco Central e a Receita se os valores foram declarados no Brasil.
Da Redação da Agência PT de Notícias