Segundo os organizadores do espetáculo de abertura, foram 84 horas de ensaios e 504 horas de preparação para um dos maiores eventos do planeta. Entre artistas, bailarinos, acrobatas e ginastas a apresentação envolve 1,2 mil pessoas. Desse total, 60% são voluntários de escolas de dança, circo, capoeira e ONGs do Brasil. O conceito da apresentação foi desenvolvido pelo ex-diretor do Cirque du Soleil Franco Dragone e será executado pela artista belga Daphné Cornez. A cerimônia será dividida em quatro atos.
A estudante de jornalismo Rosiani Siqueira está cheias de expectativas. Ela faz parte do time de voluntários que vai atuar nos jogos sediados em São Paulo. Apaixonada por futebol, Rosiani acredita que a festa será inesquecível. “Acho que faremos uma festa linda. Vamos poder mostrar a alegria do brasileiro, que é a nossa marca registrada, no momento em que o mundo todo está olhando pra gente”, disse. “Espero que isso fique retratado na cerimônia”.
Já a editora Maria Domingues não vê a hora de ouvir o Hino Nacional. Para ela, a abertura nesta quinta-feira (12) terá um tom ainda mais especial, pois terá como companheiro seu irmão Durval, que tem síndrome de down. “Essa será a primeira viagem dele só comigo”, contou.
“Tenho certeza de que será o momento mais emocionante de todos porque só reforça o que eu já sou: brasileira, com muito amor à pátria”, disse.
Pontapé histórico – O pontapé inicial da cerimônia será histórico. Um paraplégico, com a ajuda de uma veste robótica controlada por atividade cerebral, irá caminhar por 25 metros no campo e dará o primeiro chute na Brazuca, bola oficial do evento. A demonstração faz parte do projeto Andar de Novo, coordenado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicoelis.
Para as pesquisas, Miguel Nicolelis recebeu um investimento de R$ 33 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A prótese permite que pessoas com lesões medulares se movimentem através da transmissão de impulsos elétricos cerebrais para receptores externos, realizando os comandos controlados pelo paciente.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias