Com plenárias e assembleias diárias em todo o Estado de São Paulo, trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias, ligadas a CUT e demais centrais, já aprovaram a adesão à greve geral da classe trabalhadora, no dia 14 de junho.
“São Paulo vai parar”, afirmou o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, que ressaltou a importância da unidade das centrais em defesa da Previdência pública, da educação e por mais empregos como fatores fundamentais para a construção da paralisação nacional.
Bancários, metalúrgicos, professores, eletricitários, trabalhadores da saúde e da educação, metroviários, ferroviários, petroleiros, químicos e servidores municipais de várias cidades do Estado já decidiram atender o chamado da CUT e demais centrais e vão cruzar os braços no dia 14. E, segundo pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo (FPA), 70% dos caminhoneiros também deverão parar.
A adesão está crescendo diariamente e muitas categorias estão com assembleias e plenárias agendadas ainda para a próxima semana. A expectativa é de que o dia 14 de junho ninguém saia de casa para fortalecer a luta por direitos e dar um recado ao Congresso Nacional: ouçam a voz da classe trabalhadora.
Desde o anúncio oficial da greve geral, no dia 1º de maio, os trabalhadores e as trabalhadoras, sindicalistas e militantes estão fazendo trabalho de formiguinha, indo de rua em rua e nas comunidades, fazendo conversas, divulgando nos caminhões de sons os impactos da reforma da Previdência e dos cortes na educação para o Brasil e os brasileiros, falando sobre a falta de uma política de combate ao maior drama de todos que é o desemprego e, claro, sobre a importância de paralisar a cidade para barrar os retrocessos defendidos por Bolsonaro e seus ministros.
Os trabalhadores e as trabalhadoras de Guarulhos, ABC, Araçatuba, Bauru, Itapeva, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Osasco, Ourinhos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e do Ribeira, São Carlos e região, Campinas e região, baixada Santista, Presidente Prudente e outras cidades do interior e da grande São Paulo também estão se organizando para parar tudo na greve geral.
Maior greve da história
Todas as centrais estão se mobilizando para fazer desta greve geral do dia 14 a maior da história. Segundo o Secretário-Geral da CUT São Paulo, João Cayres, os metalúrgicos de São Caetano, Santo André e São Paulo, que são de outra central, por exemplo, já aprovaram também a paralisação no dia 14 de junho.
“O clima de adesão está melhor do que da última greve geral no dia 28 de abril de 2017, que envolveu mais de 40 milhões de brasileiros e de brasileiras e foi considerada a maior greve geral da história do país”, afirmou Cayres, sinalizando que a greve geral do dia 14 de junho será maior.
Na parte da tarde, a partir das 16h, todas as categorias, estudantes e representantes dos movimentos sociais irão para a Avenida Paulista participar do ato político organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Segundo a organização da manifestação, uma caminhada até a Praça da República e atos regionais no interior e nas periferias do Estado também estão previstos.
“É toda a classe trabalhadora unida com o pessoal dos movimentos sociais e estudantes para barrar as maldades deste governo”, reafirmou o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.
Comunicação
Todos os dias os trabalhadores e as trabalhadoras do Estado de São Paulo estão fazendo panfletagens nos grandes centros e nas periferias das cidades.
Segundo a secretária de Comunicação da CUT São Paulo, Adriana Magalhães, a Adrianinha, foram impressos um milhão de panfletos que acabaram rapidamente. Mais milhares serão impressos ainda nesta semana, disse, complementando: Spots para rádio e para o caminhão de som também foram produzidos e divulgados.
No fim de semana, várias categorias estão se organizando para ir às ruas do Estado para continuar o trabalho de mobilização, com entrega dos panfletos e muita conversa com a população.
Nas redes sociais, #Greve14J e outras tags relacionadas à Greve Geral ficaram nos trends topics, primeiras colocações do Twitter, durante esta sexta-feira (7).
“A histórica unidade das centrais também uniu toda a comunicação e potencializou a voz da classe trabalhadora”, disse Adrianinha.
Para ela, só com a unidade entre a comunicação das entidades foi possível sair da bolha e “mostrar para toda população os prejuízos desta reforma da previdência, que pode acabar com a aposentadoria de milhares de trabalhadores e de trabalhadoras”.
Adrianinha também afirmou que está marcada, para o próximo dia 10, uma coletiva de imprensa do setor de transportes em São Paulo sobre a organização do setor na greve geral que ocorrerá no dia 14 de junho.
Por CUT