O Comitê Lula Livre divulgou nesta segunda-feira (1º) um vídeo de convocação para as mobilizações populares pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, organizadas pelo coletivo entre os dias 7 e 10, em cidades de todo o Brasil e também no exterior. No próximo domingo (7), completa-se um ano da prisão política do ex-presidente, depois de ter sua condenação confirmada em segunda instância no caso que ficou conhecido como o “triplex do Guarujá”, num processo cercado de irregularidades.
As manifestações iniciam-se, na prática, já na sexta-feira (5), quando o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad inicia a caravana Lula Livre a partir de Porto Alegre, seguindo para Florianópolis no sábado, e chegando domingo a Curitiba, onde Lula está preso. Neste dia, movimentos populares e organizações políticas de 16 países, incluindo o Brasil, irão realizar ações articuladas na Jornada Internacional Lula Livre.
Na capital do Paraná, a caravana junta-se aos milhares de apoiadores do ex-presidente esperados e realizam um dos dois grandes atos nacionais organizados pelo Comitê em defesa da democracia e pela liberdade de Lula. O outro ato será em São Paulo.
“Nós temos a expectativa de realizar dois grandes atos de caráter nacional. Um é em Curitiba com lideranças, além de um ato cultural e um ato multirreligioso durante todo o dia 7 nas proximidades da Polícia Federal. E vamos realizar também uma atividade de caráter nacional em São Paulo, também no domingo, no período da tarde, com concentração na Praça do Ciclista, para reunir toda a população do estado de São Paulo que está solidária a Lula e considera uma injustiça e uma arbitrariedade sua prisão”, informa o coordenador da Campanha Lula Livre, Igor Felippe.
Um vídeo de convocatória para a Jornada Internacional Lula Livre já circula na internet (assista abaixo). No vídeo, dois atores contracenam pedindo Lula Livre, saudando Marielle Franco e dizendo que “fascistas não passarão”. Há uma sequência de mais de 20 fotos marcantes de Lula em mobilizações pelo país.
Igor Felippe estimula ainda que outras atividades sejam organizadas de maneira autônoma em solidariedade a Lula e em defesa da democracia. “Se você considera a prisão do Lula arbitrária, se você considera uma injustiça, se você considera a prisão do Lula uma ameaça à democracia e aos direitos civis, organize uma atividade, uma reunião, um debate, um ato, um almoço, em defesa da democracia e pela liberdade do Lula e envie as informações para o nosso comitê e serão integradas imediatamente à nossa programação”.
Segundo os organizadores, “as manifestações dentro e fora do Brasil vão denunciar o caráter político da prisão do ex-presidente Lula”. Ele foi preso quando era apontado como favorito para ganhar as eleições presidenciais de 2018. O juiz que o condenou, Sérgio Moro, se tornou ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, principal beneficiado pela prisão do ex-presidente e a consequente retirada dele da corrida eleitoral.
No Brasil, 17 capitais já confirmaram agenda de mobilizações. Outras 32 atividades estão sendo organizadas em cidades de mais 15 países. “O processo difamatório e injusto, do qual Lula é vítima, provoca indignação no Brasil e no exterior”, destaca um comunicado do Comitê Lula Livre, que lembra ainda que o caso do ex-presidente é analisado pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).