A agressão verbal imposta à Gleisi Hoffmann e sua filha, no Rio de Janeiro, sábado (29.02.2020), por fundamentalistas das hordas de Bolsonaro é prova, por si só contundente, de que, hoje, o Brasil não só sofre desta patológica doença que é o pensamento autoritário da extrema-direita, que pretende se impor como o único caminho; mas, também que, enquanto ainda há tempo, todos os esforços devem ser mobilizados, no sentido de conter este ímpeto autoritário, sem o que, o pouco de democracia formal burguesa que ainda resta, nos será arrebatado e, então, mergulharemos em uma nova e longa noite de escuridão totalitária.
Para frear este apetite de domínio destas criaturas autoritárias, a conduta a ser adotada é tal qual Gleisi Hoffmann se portou: não se intimidar. Não aceitar insultos. Portanto, não baixar a cabeça. Existem épocas que a covardia é um vício mais nocivo do que qualquer outro.
Ser pacífico não significa ser covarde. Ser civilizado não significa aceitar, de forma submissa, a opressão do dominador. Ser prudente não significa esquivar-se, vergonhosamente, da defesa de sua própria dignidade.
Sendo assim, o Comitê Popular Ponte Rasa Lula Livre Lula Inocente, se solidariza com a companheira Gleisi Hoffmann considerando repulsivo os insultos dos quais foi vítima e entende como intolerável tal prática autoritária, por parte daqueles que não respeitam a diversidade de pensamento e optam pelo conflito físico como atalho para suprimir a diferença e o embate democrático de ideias. Pela segunda vez, o Comitê Popular Ponte Rasa vem a público se solidarizar a companheiros vítimas de autoritários e o fará quantas vezes for necessário, pois, entende-se que, com isso, se contribuí para denunciar a marcha do totalitarismo em nosso país.
O Comitê Popular Ponte Rasa saúda a coragem da companheira Gleisi Hoffmann ciente de que esta altivez, em não se dobrar a prática intimidadora das hordas bolsonaristas, irá ser exemplo para todos aqueles que lutam pela restauração da democracia no Brasil, pois, comportamento submisso e conformado, apenas contribui para que os autoritários sintam-se mais à vontade para exercitar a intimidação como ação política.
No entanto, nunca é demais frisar que lutamos, sim, pela paz, e, no entanto, não somos cordeiros de presépio.
Exigimos respeito à divergência de pensamento e ao povo brasileiro.
E continuaremos radicalizando na luta intransigente e inegociável em defesa da restauração da democracia no Brasil.
Abraço fraterno
Assinam:
Os Coordenadores Gerais do Comitê Popular Ponte Rasa
Charles Gentil (PT)
Ana Maria Martins(Pcdob)
Irapuan(PCO)