O evento foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, e contou com a presença das 49 entidades que compõem o comitê – sendo 31 grupos da sociedade civil e 18 representantes do Governo Federal. Durante a abertura do encontro, o secretário-executivo do MDA, Laudemir Müller, lembrou que a conquista do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) 2014, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi uma conquista batalhada desde 2008, pleiteada principalmente por movimentos sociais e o governo brasileiro. “O AIAF é muito importante não só para a agricultura familiar, mas, sim, para todos, que vão passar a conhecer ainda mais qual é o segmento que leva a maior parte de alimentos para a mesa da população mundial”, afirmou Laudemir. O secretário-executivo ressaltou a evolução do debate em torno da agricultura familiar em nível mundial. “Há uns dez anos, discutíamos apenas a comercialização e o livre comércio entre os países, mas isso mudou, e mudou para melhor. Hoje, discutimos a agricultura familiar como projeto de desenvolvimento, como protagonista da segurança alimentar e da alimentação saudável no mundo”, avaliou Müller. Para a representante do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE), Elizete Silva, o espaço é fundamental para uma maior valorização dos produtores. “Estamos aqui debatendo o desenvolvimento do campo, a importância do rural brasileiro e como a agricultura familiar pode auxiliar a melhoria da alimentação, coisa que antes não tínhamos. Queremos continuar tendo esses espaços com o Governo Federal”, garantiu. Comitê Brasileiro Instituído durante as comemorações do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, o Comitê Brasileiro do Ano Internacional da Agricultura Familiar foi criado no âmbito do MDA para planejar, propor, organizar e participar de atividades relacionadas ao ano comemorativo, festejado em 2014. Segundo o chefe da Assessoria Internacional do MDA, Caio França, no Brasil, o Governo Federal realizará um conjunto de atividades previstas para celebrar o AIAF, além de ampliar a visibilidade da agricultura familiar e mostrar sua contribuição para o desenvolvimento econômico do País. “É uma oportunidade para ampliar esse reconhecimento da contribuição da agricultura familiar e é assim que ela está sendo percebida. No caso brasileiro, é o momento de expor a importância que o segmento tem para a alimentação saudável”, observou Caio. Ele, porém, explicou como deve ser a atuação do grupo. “O comitê tem que ser um fomentador. Precisa estimular as entidades a realizarem seus próprios eventos e buscar dar visibilidade a essas ações. A energia do comitê está individualizada especialmente na capacidade de potencializar e subsidiar a realização de iniciativas autônomas”, detalhou Caio França. (Ministério do Desenvolvimento Agrário)