Partido dos Trabalhadores

“Compromisso do governo é fazer o país crescer”, afirma Gleisi

Em entrevista à GloboNews, presidenta do PT explicou não haver mudança na expectativa em relação à meta fiscal de 2025

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O que o governo está fazendo é mostrar uma tendência de controle das contas públicas, segundo Gleisi

Em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, nesta terça-feira, 16, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, explicou não haver mudança na expectativa em relação à meta fiscal de 2025, especulação que mobilizou a mídia e o mercado nesta semana.

Gleisi disse que o governo fez um ajuste correto ao apresentar para o Congresso Nacional a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que busca déficit zero para o ano e prevê tentar um superávit fiscal de 0,25% em 2026.

“Lá atrás, o presidente Lula já havia falado sobre isso. Quando foi colocada a questão da meta zero para 2024 e também de 0,5% de superávit para 2025”, lembrou Gleisi. Segundo ela, o presidente Lula disse, na época: “ó, tudo bem, vai colocar a meta, mas se isso for comprometer investimento, nós vamos alterar”.

Para a petista, o que o governo está fazendo é mostrar uma tendência de controle das contas públicas, que começou com o arcabouço fiscal. “Não há que se preocupar com descontrole de contas, com descontrole de dívidas, as coisas estão absolutamente controladas”, afirma a presidenta do PT.

“O que não pode é o governo pagar um preço de não ter investimento e fazer o país crescer”, resumiu, afirmando o compromisso do governo e do PT com o desenvolvimento do país.

Na entrevista, Gleisi questionou a “surpresa” e as críticas do “mercado” e do presidente do Banco Central. “O mercado estava avisado, não tem por que ficar questionando o governo”, advertiu.

“O próprio mercado dizia que seria impossível, difícil chegar a meta fiscal zero ou difícil chegar a 0,5% de superávit”, destacou. “Então, para que o mercado fica nessa tensão? Isso estava acertado”, advertiu Gleisi.

A presidenta do PT também alertou para as manifestações do presidente do Banco Central, Roberto Campos, que estimulam um movimento especulativo contra o Brasil.

“O presidente do Banco Central presta um desserviço ao país. Isso desencadeou uma especulação sobre o aumento de juros, isso é contra o país”, alertou Gleisi.

Para Gleisi, o presidente do Banco Central não tem que ficar falando de política fiscal. “Então, eu achei muito ruim porque nós estamos falando de correções muito pequenas e que já tinham a previsibilidade”.

Da Redação