A vontade popular expressa nas urnas, que elegeu a Presidenta Dilma Rousseff com 54,5 milhões de votos, é soberana e deve ser respeitada. É o que afirma a moção “em defesa da democracia no Brasil”, aprovada neste sábado (10) pelo Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), durante encontro que reuniu cerca de 200 lideranças sindicais dos cinco continentes.
“Ninguém aceita o retrocesso. Todos querem que o voto dado seja respeitado”, afirmou o presidente da Confederação e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Antonio Felicio.
Para ele, a manifestação em apoio à manutenção da democracia no País parte das “mais expressivas entidades do movimento sindical internacional”.
A CSI representa mais de 180 milhões de trabalhadores de 161 países.
Veja a íntegra da Moção em defesa da democracia no Brasil:
A Confederação Sindical Internacional (CSI) vem a público manifestar sua grande preocupação com os recentes acontecimentos que ameaçam o regime democrático no Brasil. A vontade popular expressa nas urnas, que elegeu a Presidenta Dilma Rousseff com 54,5 milhões de votos, é soberana e deve ser respeitada por todos os poderes da nação, bem como pelos grupos de oposição derrotados no pleito de 2014.
Historicamente, a América Latina sempre foi marcada por golpes civis ou militares que tanta infelicidade trouxeram para a região, resultando em assassinatos de sindicalistas, de lideranças políticas, na retirada de direitos e na concentração de renda.
Não há fatos que justifiquem que grupos ultrarreacionários derrotados queiram fazer no Brasil o que já testemunhamos com pesar em países como Honduras e Paraguai em anos recentes. Golpes de Estado foram cometidos com o apoio da grande mídia local através de manobras judiciais e parlamentares, com a pretensão de passarem por processos democráticos de impeachment. Sabemos que a consequência destes golpes foi, além do grave dano à democracia, o empoderamento de regimes conservadores e autoritários que promoveram a perda de liberdades civis e políticas.
A democracia e a liberdade de manifestação, assim como a ampliação de direitos trabalhistas e a distribuição de renda, são pressupostos básicos para a construção de um Brasil mais justo.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da CUT