Partido dos Trabalhadores

Conferência Eleitoral: como combater a LGBTIfobia nos processos eleitorais

Participantes debateram ações como a união com setoriais de Cultura e Segurança para combater a LGBTIfobia e o estímulo para que militantes apresentem candidaturas

Reprodução

O combate à LGBTIfobia deve ser ampliado na disputa eleitoral

Com a participação das deputadas federais Adriana Accorsi (PT-GO), e Erika Kokay (PT-DF), e Symmy Larrat, secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do MDHC e com coordenação da mesa de Carla Ayres, vereadora de Florianópolis (SC), o combate à LGBTIfobia nos processos eleitorais foi tema de debate na Conferência Eleitoral e Programa de Governo 2024 Marco Aurélio Garcia, no sábado (9), em Brasília.

De acordo com as falas das convidadas e também dos presentes, que puderam se manifestar e interagir com a mesa, ações como a união com setoriais de Cultura e Segurança para combater a LGBTIfobia e o estímulo para que muitos militantes se apresentem como candidates foram proposições desta discussão.

A vereadora Carla Ayres acredita na união para proteger os mandatos LGBTs porque “somos o farol da resistência nas instituições”. Carla também elencou algumas atividades promovidas pela secretaria nacional LGBT do PT no caminho da construção de candidaturas e políticas públicas.

LEIA MAIS:Lula: “PT poderá conquistar uma vitória extraordinária nas eleições”

Symmy Larrat falou sobre recursos, espaços e base eleitoral. Ela defendeu que é preciso “colocar a integralidade do processo para extrapolar as expectativas e nossa existência na tática eleitoral, aí sim debateremos 2024 e qual humanidade o PT vai defender. Todes precisam sair candidates ou sempre será alguém nos representando”.

A deputada Adriana Accorsi é delegada de polícia. Fez tristes relatos do crescimento das violências contra menores de idade, e também falou sobre “a covardia da violência contra jovens LGBTs, o aumento dos suicídios entre essa população, que cresce por causa da rejeição familiar. Isso marcou minha vida como delegada”, lamentou.

Ela também defendeu que sejam construídos ambientes que respeitem as pessoas mas também as leis. “O ódio aumenta em período eleitoral, temos que ser uma força para barrar essa violência. Precisamos de delegacias em todos os territórios, estimular que as vítimas denunciem. Queremos estar com vocês até para conseguir mudar a atuação da polícia”, falou.

LEIA MAIS: Gleisi: crescimento econômico e luta contra a extrema direita são prioridades

Erika Kokay relembrou o momento que vivemos, a “fobia à palavra gênero”: “vivemos a mais intensa desqualificação da política e um forte negacionismo, que a nega inclusive a realidade. Vivemos a era das mentiras, eles negam a concepção de gênero e naturalizam a violência sexista”.

A deputada acredita que são “desafios enormes, que exigem articulação, escolas sem homofobia em todo o país. Não podemos ignorar o ovo da serpente, queremos enfrentar a visão binária. Vamos discutir liberdade, porque liberdade é discutir o direito de ser quem somos, a liberdade não nega o afeto, a diversidade, fundamental para a discussão de sociedade que queremos”.

Kokay também defendeu que é preciso ter muitos candidates: “eles não aceitam que quebramos os armários e para construir a sociedade da liberdade humana temos que construir a pauta todos os dias porque o silêncio é cúmplice e eles não nos vão fazer retroceder”, disse.

Da Redação, PT Senado, PT Câmara e FPA