O governo anunciou na noite desta terça-feira (23), os novos 13 ministros que irão compor o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT). Com perfis diversificados, entre técnicos e personalidades com extensa carreira política, a equipe toma posse no próximo dia 1º de janeiro, juntamente com a chefe do Executivo. Conheça o histórico do novo ministério.
O Ministério da Defesa será chefiado por Jacques Wagner (PT), com a saída de Celso Amorim. Natural do Rio de Janeiro, mudou-se para a Bahia durante o regime militar, estado que governou de 2007 a 2014.
Ajudou a fundar o PT na década de 1980 e teve importante espaço no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi ministro do Trabalho e comandou a Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Em 1990, foi eleito deputado federal e reeleito em 1994 e 1998. Foi responsável pela instalação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia e presidiu o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica do estado, de 1987 a 1989.
Fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas de combate ao racismo, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República recebe Nilma Lino Gomes. Pedagoga, a nova ministra não possui filiação partidária.
Nilma possui um extenso currículo acadêmico, tendo conquistado em 2003, o posto de reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com sede em Redenção (CE), sendo a primeira mulher negra reitora de uma universidade federal no Brasil.
É formada e pós-graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É doutora em ciências sociais pela Universidade de São Paulo e pós-doutora, em sociologia, pela Universidade de Coimbra (Portugal). Presidiu a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e integrou a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
O atual governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), será o novo ministro da Educação. A pasta é ocupada atualmente por José Henrique Paim. Cid é natural de Sobral, interior do Ceará, cidade onde foi prefeito de 1996 a 2004. Na época, criou o Programa de Alfabetização na Idade Certa, que inspirou o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, do Governo Federal. Em 2005, mudou-se para Washington D.C. nos Estados Unidos, para atuar como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O Ministério de Minas e Energia, será chefiado pelo líder do governo no Senado, senador Eduardo Braga (PMDB), que substitui o atual ministro Edison Lobão. Antes de ingressar no legislativo federal, Braga foi governador do estado do Amazonas, de 2003 a 2010.
A partir de janeiro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento será comandado por Kátia Abreu (PMDB). Nascida em Goiânia, foi eleita para o Senado em 2006 pelo estado do Tocantins e reeleita em 2014 por com 282.052 votos. A senadora é presidente há seis anos da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), sendo a primeira mulheres a presidir a entidade.
O atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), passará a coordenar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na saída Clelio Campolina Diniz. Natural de Alagoas, foi presidente da Câmara dos Deputados e ministro dos Esportes nos últimos quatro anos. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi por dois anos secretário de Relações Institucionais. Foi responsável pela coordenação das as obras públicas federais da Copa do Mundo e pelos preparativos para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
A pasta responsável pelos Jogos Olímpicos ficará a cargo no próximo mandato do deputado federal George Hilton (PRB). O parlamentar está em seu terceiro mandato por Minas Gerais e é líder do partido na Câmara.
A Secretária da Aviação Civil será chefiada pelo deputado federal Eliseu Padilha (PMDB), na saída de Wellington Moreira Franco. Padilha foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 1995, onde chegou a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Viação e Transportes. De 1995 a 2002 foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso.
O novo ministro das Cidades será Gilberto Kassab (PSD), que entra no lugar de Gilberto Occhi (PP). Ex-prefeito de São Paulo, fundou o PSD em 2011, partido que hoje conta com 45 deputados federais e a quarta maior bancada da Câmara. Foi secretário de Planejamento da Prefeitura de São Paulo, entre 1997 e 1998, e eleito deputado federal por dois mandatos.
O Ministério da Pesca e Aquicultura ficará a cargo de Helder Barbalho (PMDB). Aos 35 anos, é um dos mais jovens a integrar a equipe de ministros. Filho do senador Jader Barbalho (PMDB), foi prefeito de Ananundeua, interior do Pará.
A Secretária de Portos terá como ministro o deputado federal Edinho Araújo (PMDB). O parlamentar foi reeleito para seu quarto mandato em 2014 e traz no currículo o comando da prefeitura de São José do Rio Preto (SP) e de Santa Fé do Sul (SP). Foi relator do projeto de lei de criação da Comissão Nacional da Verdade.
O atual ministro do Turismo, Vinícius Lages (PMDB), permanecerá no cargo que ocupa desde março deste ano. Antes, gerenciou a Assessoria Internacional do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). Foi responsável também pelo programa do Sebrae de apoio e preparação de empresas para a Copa do Mundo.
Com 57 anos, é doutor em Socio-economia do Desenvolvimento pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, na França, e especializado em Economia de Serviços, Turismo e Desenvolvimento de Negócios.
O próximo controlador-geral da União será Valdir Simão, que irá substituir Jorge Hage. É auditor de carreira da Receita Federal e não é filiado a nenhum partido. Atualmente, está secretário-executivo da Casa Civil, tendo ocupado cargos técnicos em ministérios, secretarias e na Previdência Social.