Os elogios ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra proferidos no momento da votação, na Câmara dos Deputados, do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff resultaram, nesta terça-feira (28), na abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
O processo por apologia à tortura terá como relator um dos três seguintes deputados: Zé Geraldo (PT-PA), Wellington Roberto (PR-PB) e Valmir Prascidelli (PT-SP). Caberá ao presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), escolher o relator, que terá dez dias úteis para apresentar seu relatório.
A representação contra Bolsonaro foi apresentada pelo Partido Verde (PV). Na peça, o partido aponta a quebra do decoro parlamentar na sessão que deu prosseguimento ao golpe travestido de impeachment, quando Bolsonaro homenageou Ustra, que foi reconhecido pela Justiça como torturador na ditadura militar.
Bolsonaro responde também por processo por apologia ao estupro e injúria no Supremo Tribunal Federal (STF), por ter declarado na Câmara que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia.
Da Redação da Agência PT de Notícias