Foi no dia 19 de fevereiro de 2018 que o povo brasileiro deu uma das mais efusivas demonstrações de resistência ao sair às ruas de todo o país e obrigar o governo golpista a tirar a reforma da Previdência de pauta. Foram meses de luta e mobilização e uma demonstração clara de que a população não aceita mais ter seus direitos atacados.
Mas a conquista volta a ser ameaçada a partir do que planeja para o Brasil o candidato da extrema-direita e do PSL, cuja equipe econômica já negocia com Temer a possibilidade de recolocar o tema em votação ainda este ano. A justificativa seria, mais uma vez, atender aos interesses do mercado e evitar desgaste com o Congresso caso seja eleito.
De acordo com notícia assinada pela jornalista Sônia Racy, o “Posto Ipiranga” Paulo Guedes, a quem o candidato recorre para falar sobre economia, deu declarações sobre isso. “Se ele fizer isso (Temer aprovar a reforma), e é bom para ele fazer isso, o avião que vamos pegar não cai na minha cabeça”, declarou.
Guedes, aliás, não foi o único da equipe de Bolsonaro que já defendeu publicamente a votação da reforma ainda este ano. No final de agosto, o seu vice Hamilton Mourão (PRTB), disse que “não se pode fugir da reforma previdenciária e passado o período eleitoral deveria se fazer alguma coisa para votá-la este ano ainda”, declarou durante sabatina do Banco BTG.
Felizmente, a reação a mais essa atrocidade nas propostas apresentadas pelo candidato para “salvar o país” da crise foram imediatamente rebatidas. A Bancada do PT na Câmara, por exemplo, emitiu na tarde desta segunda-feira (24) nota oficial lembrando que “a sociedade brasileira já derrotou esse projeto e impediu que ele fosse votado pelo Parlamento”.
O texto diz ainda que a bancada petista “dedicará todo o seu esforço para impedir qualquer tentativa de votação da reforma da previdência ou de qualquer outro projeto que represente prejuízos aos direitos da sociedade brasileira”.
Muito ruim para a população
Uma das propostas da reforma que o governo golpista tentou aprovar é aumentar em 25 anos o tempo mínimo de contribuição para servidores públicos se aposentarem. Aos que se enquadravam nos critérios para se aposentar com 15 anos de trabalho o benefício seria reduzido a 60% do valor.
Outro ponto absurdo do texto é o mecanismo automático de ajuste da idade mínima: a cada vez que os dados do IBGE mostrarem aumento de um ano na expectativa de sobrevida do brasileiro a partir dos 65 anos, a idade mínima de aposentadoria subirá um ano.
Da Redação da Agência PT de Notícias