Toda a emissão de gases do efeito estufa gerada pela Copa do Mundo no Brasil já foi compensada. Por meio de ações sustentáveis, o governo federal em parceria com a instituições privadas compensou 420,5 mil toneladas de gás carbônico (tCO2eq) . O número é sete vezes superior aos 59,2 mil tCO2eq previstos para emissões nas obras, gasto de energia nos estádios e transporte de carros oficiais.
Em abril desse ano, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou edital convidando, por meio de chamada pública, empresas nacionais a doarem suas Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), conhecidas de créditos de carbono, certificados e emitidos pelas Nações Unidas.
Segundo ressaltou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a compensação das emissões diretas de dióxido de carbono é um marco na gestão da política ambiental no Brasil e deve se tornar prioridade do governo federal. “É preciso transpor a Copa e fazer com que todos estejam engajados numa economia de baixo carbono”, disse, durante a entrega do Selo Baixo Carbono, na semana passada, no Rio de Janeiro.
As ações foram feitas em cumprimento ao Artigo 65, da Lei Geral da Copa. O ministério estima que 1,4 milhão de tCO2eq sejam emitidos durante toda a Copa do Mundo. De forma direta, com transporte aéreo nacional, hospedagem, deslocamento de turistas e profissionais que irão trabalhar no evento. E indiretas, com voos internacionais, passeios turísticos e demais operações. Planeja-se que um novo balanço seja feito com o fim o Mundial.
O Brasil é o primeiro país que se preocupa com a emissões de gás carbônico ao sediar um megaevento. Nesse sentido, o governo incentiva ainda outras medidas ambientais nos estádios, como arenas certificadas com selo do Instituto Leed, de Liderança em Energia e Design Ambiental e fornecimento de alimentos da agricultura orgânica aos voluntários que irão trabalhar nos eventos da Copa. As ações foram elogiadas por representantes da Organização das Nações Unidas, em evento na semana passada.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias