O coronel da Polícia Militar do Paraná Chehade Elias Geha, comandante inicial do “massacre” que feriu quase 200 pessoas durante protesto contra o governo Beto Richa (PSDB), em abril, foi afastado do cargo após ter alertado os superiores sobre o “flagrante abuso de autoridade na ação”.
Em depoimento ao Ministério Público do Paraná sobre a ação, Geha informou que foi destituído e destituído do comando da operação após ter se oposto ao plano e ter repassado os altertas ao subcomandante-geral da PM e também ao então secretário de Segurança, Fernando Francischini.
“Não vejo como impedir o acesso de pessoas, caminhão de som, montagem de barracas. Nossa missão é garantir que a Assembleia não seja invadida e, caso ocorra, reintegrar a mesma. Outras providências caracterizam abuso de autoridade”, escreveu o coronel, em mensagem de texto ao então subcomandante-geral da corporação.
“Gostaria que reestudassem o que planejaram anteriormente”, disse Geha no documento, três dias antes da operação policial.
Para a Promotoria, “abrupta e temerária” mudança no comando mostra que as autoridades estavam dispostas “a utilizar seu poderio militar para impedir qualquer manifestação democrática”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Folha de S. Paulo”