A Bancada do PT na Câmara, liderada pelo deputado Sibá Machado (PT-AC), começou nesta quarta-feira (11) a coletar assinaturas para que as investigações da nova CPI da Petrobras alcancem os contratos e as transações ocorridos a partir de 1997, durante a gestão do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
A iniciativa se baseia nas declarações do ex-gerente de Tecnologia de Instalações da Petrobras, Pedro José Barusco Filho, réu confesso e um dos investigados da Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
Ele afirmou ter começado a receber propinas nesse período por meio da empresa holandesa SBM, enquanto gerente de Tecnologia, ligado à Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras.
Na justificativa apresentada pelo PT, a propina que Pedro Barusco recebeu refere-se às funções que ele exerceu, tanto na Petrobras, quanto na diretoria de Operações da Sete Brasil.
Barusco foi condenado pelo Ministério Público Federal no estado do Paraná a devolver aos cofres públicos a quantia de US$ 97 milhões, recebidos a título de propina relacionada a mais de sessenta contratos firmados entre empresas ou consórcios de empresas e a Petrobras, com sua intermediação.
O PT argumenta que o Supremo Tribunal Federal (STF) já possui jurisprudência sobre ampliação de períodos de investigações de CPIs.
Na segunda-feira (9), Augusto Ribeiro Mendonça, outra testemunha no caso, afirmou que as irregularidades na estatal começaram nos anos 90.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT naCâmara