A presidenta Dilma Rousseff declarou neste domingo (18), em entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia, que a CPMF é fundamental para que o Brasil volte a crescer e encontre o equilíbrio fiscal.
Dilma afirmou também que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanecerá no cargo.
De acordo com a presidenta, no encontro de sexta-feira (16), no Palácio do Planalto com Levy, foram abordadas as ações do governo para aprovar as medidas econômicas que ainda não foram votadas no Congresso Nacional.
Entre as propostas estão a CPMF, a Desvinculação das Receitas da União (DRU) e outras medidas provisórias que fazem parte do ajuste fiscal, além dos vetos que ainda não foram votados.
Segundo a presidenta, o retorno da CPMF é fundamental para que o Brasil tenha um “2016 mais estável do ponto de vista do reequilíbrio das finanças”.
“A CPMF é crucial para o País. Não estamos aumentando impostos porque queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos”, ressaltou.
Dilma reforçou ainda a nova taxa deve influenciar na melhoria macroeconômica do País. “Pode ser que nesse momento algumas pessoas não entendam, mas certamente entenderão quando os efeitos que essa medida produzir aparecerem”, acrescentou.
Para a presidenta, sem os recursos provenientes da CPMF será muito difícil alcançar o reequilíbrio fiscal. “É um grau de dificuldade máximo. Nós precisamos estabilizar as contas públicas para que o país volte a crescer, para que se perceba que o Brasil tem uma solidez fiscal”, justificou.
A presidenta ressaltou ainda que a CPMF faz parte de um conjunto de medidas, como a redução dos gastos públicos, o Plano Nacional de Exportações e o novo Plano de Concessões.
“Também estamos fazendo toda uma política de comércio exterior no sentido de garantir acordos comerciais, como é esse que pretendemos fazer com a União Europeia”, informou.
Política – Dilma destacou que o Brasil precisa buscar “sistematicamente um ambiente de entendimento, de diálogo e paz” na política.
Na avaliação dela, a estabilidade política deve ser baseada em “uma visão de que interesses partidários e pessoais têm de ser colocados abaixo dos interesses do País”.
A presidenta Dilma aproveitou a ocasião também para comentar os boatos de que integrantes do governo teriam firmado um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), para evitar possível processo contra ele no Conselho de Ética da Casa.
“O acordo de Eduardo Cunha não é com o governo, era com a oposição. Era público e notório”, declarou.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias