Duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão completamente paralisadas, nesta quarta-feira (3), devido à greve deflagrada pelos ferroviários representados pelos sindicatos dos Ferroviários de São Paulo e dos Ferroviários da Central do Brasil. A decisão foi tomada depois de cinco horas de negociação com a CPTM, na segunda-feira (2), em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT).
O TRT sugeriu como reajuste 8,5%. A CPTM ofereceu reajuste de 8,25% nos salários, elevação de 10% nos benefícios, um aumento salarial igual à inflação dos últimos 12 meses até março (6,65%), somado 1% de produtividade. A proposta do sindicato é de 9,29%, mais 1,5% de aumento real e igualdade dos benefícios com metroviários em vales alimentação e refeição, além de auxilio materno infantil. Os ferroviários realizam Assembleia nesta quarta-feira (3).
Os empregados que operam as linhas 8 e 9, representados pelo Sindicado dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, não aderiram à greve.
Segundo a CPTM, em nota, a decisão vai contra a recomendação da justiça de continuar as negociações sem paralisação dos serviços até o próximo dia 11 de junho, quando haverá nova reunião no TRT. A CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM.
Passageiros inconformados com a paralisação dos serviços de transporte depredaram a Estação Francisco Morato, da linha 7-Rubi. Um muro de concreto e muitos vidros da estação foram quebrados. A Polícia Militar (PM) usou bombas de gás para dispersar as pessoas que se concentravam em frente à estação e a tropa de choque a PM estabeleceu um cordão de isolamento.
Da Redação da Agência PT de Notícias