O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), afirmou nesta quarta-feira (11), que a criação de novos partidos não vai fortalecer a democracia. Pelo contrário, vai burocratizar o andamento das atividades legislativas, dificultando uma resposta para as reivindicações da sociedade brasileira.
“Não é uma quantidade absurda de partidos que vai dar o equilíbrio democrático. Até porque na velocidade do congresso de dar respostas mais urgentes para a sociedade isso dificulta, pois cada partido é uma liderança””, destacou o parlamentar.
De acordo com o petista, a proliferação de agremiações caminha na contramão da fidelidade partidária já aprova pelo judiciário brasileiro.
“Partidos nacionais é o que eu acho que a democracia tanto exige, que tenha, de certa forma, uma verticalização, como uma vez o judiciário brasileiro já interpretou dessa maneira, de que o partido é um só, não existe o partido dos municípios ou do estado, o partido é nacional e tem que ter essa hierarquização” completou.
Em relação a tentativa de criminalização do PT na operação Lava Jato, Sibá afirmou ser uma “guerra política”, desde que a oposição mantenha o direito de respeito à história do Partido dos Trabalhadores.
“Nós haveremos de enfrentar isso separando uma coisa da outra, dos nossos erros e dificuldades, mas dizendo que a luta aqui pelo Brasil, em primeiro lugar, é em respeito ao nosso povo”.
Indagado sobre a cobertura desproporcional dos fatos no caso da Petrobras, o líder assegurou a necessidade de pautar um dos temas mais reivindicados pelas organizações civis brasileiras e pelo PT, que é a democratização da mídia, que infelizmente ainda é pouco abordada pelos veículos convencionais no País.
“A Globo não tem o direito de fazer a inversão da verdade e como tal defendo que a regulação venha no sentido de evitar os abusos porque tudo que contiver abuso não merece continuar”, defendeu.
Uma das bandeiras de luta do Partido dos Trabalhadores que inclusive está incluída no programa de governo da presidente Dilma Rousseff é a regulamentação da mídia. Segundo Sibá, a retomada das discussões sobre o Marco Regulatório das Comunicações significa ampliar a democracia e o diálogo com os movimentos que defendem a democratização do setor no Brasil.
“Ninguém aqui quer amordaçar ninguém, pois a imprensa tem que ser livre porque no dia que a impressa for amordaçada em algum lugar do mundo não há democracia e sim tirania”. O líder ainda afirmou que Câmara dos deputados tem que caminhar no sentido de buscar regulação e o direito de resposta.
Por Fabrícia Neves, da Agência PT de Notícias