Após 54 anos, Estados Unidos e Cuba reabriram, nesta segunda-feira (20), as embaixadas nas cidades de Havana e Washington. A reabertura das sedes nos países é, até o momento, o gesto mais concreto do processo de reaproximação entre as nações, após sete meses da volta das relações diplomáticas. Na zero hora de hoje, a bandeira cubana se somou às demais bandeiras de outros países no lado de fora do prédio em Washington.
Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram, no dia 17 de dezembro do ano passado, que tinham decidido retomar as relações.
Castro definiu esta semana como a conclusão da “primeira fase” do processo de “normalização”, que tem o objetivo de acabar com o embargo econômico contra Cuba, em vigor desde 1962.
Além disso, o presidente cubano pede também que os Estados Unidos devolvam o território “ilegalmente ocupado” da base naval de Guantanamo.
Outras exigências de Cuba para que as relações com os Estados Unidos sejam definitivamente normalizadas é que o país americano acabe com as transmissões de rádio e televisão “ilegais”, elimine programas para promover a “subversão e a desestabilização internas” e compense o país “pelos danos humanos e econômicos” que as políticas norte-americanas causaram.
No entanto, os dois países concordam que a segunda fase de negociações será mais fácil com o restabelecimento das relações diplomáticas agora concluído.
O apoio diplomático irá gerar confiança entre os empresários americanos e vai aumentar o número de pessoas nas duas capitais para atender uma agenda bilateral mais complexa, como o aumento das viagens e do comércio, que já estão em andamento.
Entre as mudanças que já começaram a acontecer estão a inclusão de Cuba na rota da companhia aérea americana JetBlue, que terá voo entre Nova York e Havana, a inclusão de Cuba no site Airbnb, onde viajantes podem reservar casas e apartamentos em diversos lugares do mundo. Além disso, os Estados Unidos começaram a emitir licenças para empresas que operam serviços de ferry de passageiros para a ilha, a 150 quilômetros da costa dos Estados Unidos.
O acordo também estabeleceu que diplomatas americanos poderão circular livremente por todo o país cubanos e se reunir com diversos setores da sociedade, sem precisar de autorização do governo. Os diplomatas cubanos também terão essa liberdade em Washington.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil