Partido dos Trabalhadores

Cunha organizou encontro ‘secreto’ entre Temer e empreiteiro

Segundo o jornal “O Globo”, 3 reuniões não constaram na agenda oficial do golpista. Em encontro, empreiteiro anunciou doação de R$ 11,4 mi ao PMDB

Foto: EBC

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), organizou, de acordo com o jornal “O Globo”, ao menos três encontros do então presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, com o então vice-presidente Michel Temer.

As reuniões, secretas, não constaram na agenda oficial do golpista, atualmente presidente interino. Durante um dos encontros, o empreiteiro anunciou uma doação no valor de R$ 11,4 milhões ao PMDB.

Ainda segundo a reportagem publicada nesta terça-feira (19), a assessoria do golpista confirmou apenas um dos encontros, que teria sido realizado em 2014, a três meses das eleições. As razões para não terem incluído a reunião na agenda oficial do vice seriam “técnicas”. 

As informações foram obtidas pela Polícia Federal a partir de uma perícia feita em um dos celulares do executivo. “O conjunto de mensagens mostra intimidade de Azevedo com Cunha”, diz a reportagem.

“Em dezenas de conversas entre 2011 e 2014, eles acertaram mudanças “em segredo” de textos legislativos, encontros e até pagamentos a serem realizados em contas do PMDB e de empresa de Cunha”, continua a matéria do jornal “O Globo”. 

Afastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal, Cunha anunciou a renúncia do cargo, mas não do mandato, no dia 7 de julho. 

Cunha está suspenso do mandato parlamentar por decisão unânime do STF, que já recebeu também duas denúncias contra o deputado e analisa um terceiro pedido de abertura de processo por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Uma semana depois, ele sofreu uma derrota expressiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora, Cunha enfrentará, em agosto, a votação no plenário da Casa do parecer que recomenda a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.

Propina ao golpista
A delação premiada da família Machado, do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, apresenta relatos de pagamento de propina citam 40 vezes o presidente golpista Michel Temer. Enquanto isso, a presidenta eleita Dilma Rousseff não é citada nenhuma vez.

Reportagem publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” também abordou suposta propina ao golpista. Segundo a matéria, o interino Michel Temer (PMDB) recebeu R$ 5 milhões do dono da OAS, José Adelmário Pinheiro, o Leo Pinheiro.

Da Redação da Agência PT de Notícias