A maioria das mulheres brasileiras rejeita a proposta da reforma da Previdência de Bolsonaro (56%). Esse número é maior, em pelo menos dez pontos, ao índice de apoio em todas as faixas etárias, é o que revela a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (10) pela Folha de S. Paulo.
Entre os pontos propostos na reforma de Jair Bolsonaro (PSL), as mudanças de regras para as mulheres são as mais reprovadas. 65% das pessoas rejeitam a idade mínima de 62 anos para as trabalhadoras, e 53% são contra 65 anos para homens.
A pesquisa também mostra que 61% dos entrevistados aprovam a criação de regras diferentes para trabalhadores rurais e 53% para professores.
A proposta de Bolsonaro estabelece idade mínima de 62 anos para as mulheres e tempo de contribuição de 20 anos, porém para receber o valor integral do benefício é necessário contribuir por 40 anos.
No caso das trabalhadoras rurais, a situação é ainda pior. A legislação atual determina 55 anos como idade mínima para mulheres se aposentarem e tempo de contribuição de 15 anos. Bolsonaro aumenta a idade para 60 anos e o tempo de contribuição para 20 anos.
As professoras também serão prejudicadas caso a reforma de Bolsonaro seja aprovada. As regras atuais que garantem condições especiais por conta do desgaste causado pela profissão, não estabelecem idade mínima para aposentadoria e o tempo de contribuição é de 25 anos. Jair determina idade mínima de 60 anos, além de 30 anos de contribuição para ambos os gêneros se aposentarem, ou seja, as mulheres terão que contribuir cinco anos a mais, além de terem que trabalhar até os 60 anos.
A pesquisa entrevistou 2.086 brasileiros e brasileiras em 130 municípios de todas as regiões do país, nos dias 2 e 3 de abril.
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações da Folha de S. Paulo